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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Orações místicas com os Salmos e “simpatias” bíblicas


Orações místicas com os Salmos e “simpatias” bíblicas







Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em segurança. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração”. (Sal. 37:3-4) – Para receber graças no casamento


Eu, porém, faço a minha oração a ti, ó Senhor, em tempo aceitável; ouve-me, ó Deus, segundo a grandeza da tua benignidade, segundo a fidelidade da tua salvação. Tira-me do lamaçal, e não me deixes afundar; seja eu salvo dos meus inimigos, e das profundezas das águas”. (Sal. 69:13) – Para uma cirurgia complicada



Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós”. (Sal. 124:2) – Para superar as dívidas






De uma prática que nasceu com Santo Arsênio da Capadócia, monge do século IV, bem como revelando uma influência da cabala judaica, usando dos salmos como meio para a intercessão divina na solução de problemas, seja de saúde, amor, dinheiro etc, e assim oferecendo uma ferramenta ao cristão. Também popularmente vemos a Bíblia ser usada em verdadeiras “simpatias”, faltando uma expressão mais compreensível para a ritualística que se envolve o pedido ao divino. Mas sobre o poder da oração, até a ciência o confirma. Fato é que há sempre uma forma especial de se proteger e de buscar ao divino, sendo mais louvável que antes se agradeça pelo que já se possui. Contudo, nada impede que se peça algo nos momentos de dificuldade.
 

Os salmos são muito especiais, e uma fonte ampla para as orações. Seja para qual problema for, neles se acha o meio e a chave de solução. Mas na Bíblia há várias formas de atos ou ritualística que vêm com a fé do povo de Deus, seja através de se bater com bastão em uma rocha, em se construir cabanas que servem de templo, ao atravessar o Mar Vermelho, nas batalhas onde se estava antes em desvantagem, e em muitos outros fatos. Parece que em todos esses atos, a fé era o essencial. E uma sintonia com o divino, com a Presença Divina, aproximando assim Seu sopro ou Espírito Santo. E isso é para o crente, não estando mais em um ministro da fé, apesar da função importante desse ministro. Vemos que muitos usam disso e pedem muito em troca, o que não se assemelha ao feito por Cristo e os apóstolos.
 
 

Fato é que cada cristão tem seu poder, ou recebe essa graça de Deus. O meio que isso é conquistado pode ser do seu modo, e uma ritualística pode ser simples e prática. Assim, muitos exemplos podem aparecer. L.P. Baçan cita muitas “simpatias” bíblicas em uma obra sua com título homônimo. Assim, para se garantir uma colheita, se acende uma fogueira e nela coloca os primeiros frutos, conforme Levítico 2:11, colocando nela sal grosso, azeite e incenso, para que a fumaça suba até o céu. Para quem deseja ir bem em vestibular ou concurso, pode meditar no livro Sabedoria, 6:13. Para vários problemas e proteção, se pode se invocar a ajuda do anjo da guarda, adaptando-se o Mateus 4:6: “Confiou Deus ao seu anjo o cuidado de mim e ele me tomará nas mãos, para que eu não tropece com meu pé na pedra”. Vejo em vários grupos mensagens combatendo a inveja o o olho gordo. Assim, encontrei uma contra a inveja, onde se diz para colocar o nome das pessoas em um pote de barro, e colocá-lo por 40 dias sobre uma pedra. Passado o prazo, se pega uma vara de ferro e quebra o vaso, recitando Salmo 2:9. E assim existem outras. Se pode fazer apenas a oração e visualizar essa ritualística, ou mesmo apenas se recitar o salmo.
 
 
 

Fato é que frente a práticas medievais e muito antigas, e mesmo cristãos ainda estarem envoltos dessas coisas, tiveram de adaptar a sua fé. Hoje não vemos mais muitas dessas “simpatias”, mas mesmo em igrejas há a prática de colocar água, nomes, fotografias e muitas ritualísticas para contato com o Senhor. Possivelmente em muito essas adaptam uma teurgia, e assim se assemelham ao que sempre foi feito, algumas práticas até descritas na Bíblia. Muito disso foi afastado ou simplificado com Jesus, que se importou mais com o essencial. Também as condições e mesmo os materiais são cada vez mais raros, e assim resta a fé e a oração como meios mais acessíveis. Cada um pode assim usar de sua fé e contato com o divino, não sendo obrigatório que isso dependa de intermediários, apesar de que com eles se aprende. Fato é que na Bíblia está muito mais do que se imagina.


sábado, 24 de janeiro de 2015

Anjos escondidos na Escritura


Anjos escondidos na Escritura








“Sejam como a moinha diante do vento, e o anjo do Senhor os faça fugir. Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do Senhor os persiga”. (Sal 35:5-6)



“Põe sobre ele um ímpio, e esteja à sua direita um acusador (Satanás)” (Sal 109:6)



“Eis que eu envio um anjo adiante de ti, para guardar-te pelo caminho, e conduzir-te ao lugar que te tenho preparado.” (Exo 23:20)



“Depois disso designou o Senhor outros setenta, e os enviou adiante de si, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir”. (Luc 10:1) (Almeida)



“setenta e dois” (versão Ave Maria)




Quando lemos a escritura sem a sua versão original, em hebraico ou aramaico, ou mesmo grego, perdemos muitos detalhes que nos ficam faltando. Pois de jogos de letras, e nomes são escondidos, em especial nomes de Deus e dos seus anjos. E não são poucos. Existe uma tabela desses nomes que totaliza 72 anjos, a que chamam Shemhamphorae, que são retirados do capítulo quatorze do Êxodo. Esses anjos têm assim seus nomes revelados, assim como em outros livros da Bíblia, como nos Salmos, os quais citei acima.
 
 

Fato é que os anjos têm importante papel nas Escrituras. Por vezes são mensageiros de Deus, o que revela o significado deles mesmo. Noutro momento anunciam coisas, como o nascimento de crianças. Também protegem e libertam homens de Deus, bem como até lutam com esses homens, se necessário a provar sua fé. O anjo da morte fere os inimigos, e há mesmo um adversário que participa dos julgamentos nos pecados. Existe até aquele famoso, que fez Eva comer do fruto proibido e oferecer a Adão, que era pelos judeus chamados de Samael, a serpente. Depois vimos um deus romano ser colocado no lugar desse anjo, que cristãos chamam Lúcifer, citado segundo falam, e livro de Isaías. Mas mesmo com o evento dos anjos caídos, que seriam um terço, restariam dois terços de fiéis a Deus, sendo um especial, o Miguel, que venceu esses tais anjos tidos por “rebeldes”.
 
 

Mas alguém pode perguntar. Mas eu sei que existem esses anjos, estão em minha Bíblia. O que você acrescenta quanto a isso? Mas você, respondo, sabe o nome deles? Citei aqueles salmos e os 72 anjos, você sabe o nome deles? Por isso de se ler em hebraico e dos jogos feitos com as palavras desses versículos, pois estes acrescidos da palavra El, no geral, revelam o nome desses anjos. Primeiro que em Lucas apesar de se falar 70, na verdade se quer falar 72, que é o número de discípulos de Cristo, que são claro, os anjos. Na versão Ave Maria já consta esse número como 72. Também 72 é o número de anciãos na Sinagoga e de nações e línguas. Então revela o aspecto mundial e universal de Deus. O nome desses anjos estaria nas tabelas do Ziruph e de certos jogos de palavras no hebraico, chamados de comutações.
 
 

Assim, como exemplos de nomes, no Salmo 35:5, se extraem dois anjos, da ordem dos guerreiros, e bem no sentido que o salmo trata, chamados “Mirael” e outro, “Midael”. Já no Salmo 109, muitos falam que esse salmo é atribuído a nosso Senhor Jesus Cristo, mas sabe-se que a palavra acusador em hebraico se refere a Satã, e não ao Messias. Mas existe o nome de um anjo em questão nesse salmo, um espírito mau, chamado de “Schii”. Já no Êxodo se referem a um anjo protetor, a que também Agostinho trata depois. Esses anjos protetores são aqueles 72, sendo que cada um seria para uma pessoa, ou grupo de pessoas, sendo o meu pela tabela, o chamado de “Caliel”, um anjo que desmascara os falsos testemunhos, bem como dos mestres e sabedoria. Mas descobrir esse anjo revela muito da personalidade e da obra que Deus nos reservou. Os nomes estão na Bíblia, por esse procedimento que já revelamos. Fato é que muitos nomes são revelados, como Rafael, Ariel, Daniel e tantos outros, bastando consultar a tabela de Shemhamphorae. E por fim. assim como os anjos são discípulos de Cristo, também somos.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A SEGUNDA VINDA DO MESSIAS E A SUA DIVINDADE


A SEGUNDA VINDA DO MESSIAS E A SUA DIVINDADE



“Assim disse Jeová, o Rei de Israel, e seu resgatador, Jeová dos exércitos: sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus” (Isa 44:6 – Versão Novo Mundo)
“Assim disse Javé, o Rei de Israel, seu protetor, Javé dos exércitos. Eu sou o primeiro, eu sou o último. Fora de mim não existe outro Deus” (idem – Versão Nova Pastoral)
“Assim disse o Eterno, o Rei de Israel e seu redentor, o Eterno dos Exércitos” (idem – Bíblia Hebraica)
“e seu redentor” (Versão João Almeida e Ave Maria)
“Até quando durará a visão do sacrifício contínuo e da transgressão que causa a desolação, para fazer tanto do lugar santo quanto do exército algo a ser pisoteado? Ele me disse pois: 'Até duas mil e trezentas noitinhas e manhãs'” (Dan. 8:13-14 - Versão Novo Mundo) 
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um Deus” (João 1:1 – Versão Novo Mundo e Nova Pastoral)
“No princípio era o Verbo” (idem – Versão Ave Maria e Almeida)

 
Vemos que a doutrina de diversas igrejas diverge apenas por questão de hermenêutica e que não são assim tão irreconciliáveis suas visões da Bíblia. As questões mais espinhosas de interpretação talvez sejam aquelas que estejam mais carregadas de simbolismo, e aquelas que dependem de conceitos filosóficos, como o Logos do primeiro versículo de João. Mesmo para o cristianismo primitivo, também outra questão era curiosa: a segunda vinda de Cristo. Muitos esperavam e não cansaram de esperar. Há também quem tivesse desde os primórdios do cristianismo a dúvida se ele se tratava de profeta, anjo, Deus, mas uma coisa talvez seria certa, que ele era o messias. Esses e outros serão os temas.
 
 
 
Sobre as profecias de Isaías, mesmo os judeus e textos muito antigos dizem que muitas já foram realizadas, mesmo em seu tempo, e que se referiam a Israel. Ocorre que claro, há as referências ao messias, e assim uns aceitam que ele era o Yeshua (Jesus), os Judeus Messiânicos, e outros não, apesar de aceitarem um messias de consciência messiânica. Essa Tal consciência messiânica não é tão estranha em doutrinas cristãs, e já surgiu em alguns grupos gnósticos, e há igreja atual que diz que ele veio em “pessoa espiritual”, o que entra em sintonia com aquelas, e também com certas visões místicas. Há quem tenha colocado uma data, usando do texto de Daniel para a segunda vinda, como 1844, o que não aconteceu fisicamente, como esperavam, e outros em 1914, o que talvez tenha ocorrido, se usar dessa visão de pessoa espiritual. Na verdade talvez ambos estejam certos, todos certos, porque Cristo veio em nós, seja como consciência, seja como carne, seja através de seu mistério. O contato com ele já seria algo mais sutil, porém mais difícil seria o mesmo homem daquele tempo voltar, mas também matéria de crença. Há quem diga que Jesus já teria ressuscitado em uma outra forma de corpo, o “corpo Vital”, e que sua segunda vinda seria através de um Cristo Cósmico. Mas sobre o 2300, apenas há nota em uma Bíblia que esse número não se refere talvez a tempo, mas um número feito holocausto, de judeus sacrificados, presente lá no livro I Macabeus, 1:54. No geral se atribui um dia de Deus para um ano humano, e outras criatividades.
 
 
 
 
Já sobre o Logos há uma questão filosófica, e parece que aí entra uma influência gnóstica de João, e assim se deve compreender o pensamento grego antigo. Esse Logos seria mais uma razão superior, uma ciência ou conhecimento, e então eterno e divino, e se pode talvez por analogia colocar Cristo nesse conceito. Apesar de que na cultura talmúdica judaica se falar que Deus criou através de Dez palavras, ou dez pronunciamentos, colocando essa Palavra ao lado de Deus, e estando com ele. Dessas, poderia se pensar em dez emanações, na cabala, e mesmo a participação de anjos. Em muitas passagens bíblicas os anjos são tratados como o próprio Deus. Fato é que em se penando em Jesus, ele pode se enquadrar em muitas perspectivas. Limitar muito é relativizar sua característica de messias salvador. E sua vinda talvez chegue em nós, quando nos convertermos, sermos transformados (e não meramente se arrepender...), numa metanoia real. Isso está mais de acordo com pegar a cruz e segui-lo, adentrando no Reino, que meramente um homem agindo de fora.