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domingo, 25 de outubro de 2015

Diversas aparências do Senhor, os 7 nomes de Jetro, honrar os pais é não os assassinar e trabalhos forçados no Egito segundos os sábios


 
 
 
“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim”. (Ex 20:2)



“Por isso os egípcios faziam os filhos de Israel servir com dureza” (Ex 1:13) – Almeida

“servir com rigor” - Hebraica e Onkelos

“com brutalidade, os fizeram servir” - Nova Pastoral

“trabalhar como escravos sob tirania” - Novo Mundo



“Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel, seu povo, como o Senhor tinha tirado a Israel do Egito”. (Ex 18:1)



“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”. (Ex 20:12)





Lendo comentários dos sábios judeus sobre o livro de Êxodo, em hebraico Shemot, observei certos detalhes que a tradição ensina e que amplia o significado de determinados versículos. Desse modo, cada designação interpreta e reinterpreta a seu modo, colocando no texto o que originalmente não possui. Observa-se assim na Bíblia Hebraica uma maior fidelidade nesse sentido, levando-se em conta as lições de Talmude, Rashi e de Targum, a Bíblia em Aramaico. Aqui selecionei passagens comentadas sobre a aparência do Senhor, os trabalhos forçados dos hebreus no Egito, o sogro de Moisés, Jetro e sobre honrar pai e mãe, segundo Midrash e chassidismo, ou os sábios.
 

Pouco se fala sobre a aparência de Deus, sendo que em certas passagens se lembra que quem olhar sua face morreria, e Moisés teria visto e ficado com a face iluminada, parecendo possuir chifres etc. Mas em comentários dos sábios, se lembra que o Senhor apareceu a Salomão sobre a aparência de um jovem, para Daniel como um ancião misericordioso. Isso tudo revela que apesar de Deus ter diversas aparências, Este mesmo assim É único. Isso é meramente visto como teofanias e anjos muitas vezes, mas se trata do Senhor. O mesmo que se revela no Monte Sinai e em todo o lugar.
 
 

A respeito dos trabalhos forçados a que os hebreus eram submetidos no Egito, na verdade há uma distinção e detalhe lembrado pelos sábios, que é diferente da escravidão. Certas bíblias colocam inclusive detalhes de modo de governo, como a tirania etc. Mas no talmude e mesmo no Midrash se fala de algo diferente. Na verdade o trabalho forçado da primeira parte desse versículo se refere a trabalho de mulher. Os homens foram obrigados a fazer trabalho de mulher. Pois a expressão hebraica befareh, trabalhos forçados, que é análoga a mefarhiata, em aramaico, que é em hebraico taafuhot, que significa palavras invertidas. Em 2:12 está então “um homem fala palavras invertidas”. Assim os egípcios inverteram a ordem natural dos trabalhos, sendo que homens fizertam trabalhos de mulheres e mulheres de homens.
 

Sobre Jetro, sabe-se que ele era o sogro de Moisés, e um sacerdote de Midiã etc. Mas Rashi lembra, com base no Midrash, que Jetro possuía sete nomes: Reuel, Ieter, Jever, Keni e Putiel. Outras ressalvas ficam em críticas que Jetro fez a Moisés, como a de não estar tratando bem o seu povo e com sugestões a respeito de justiça, oferecendo soluções práticas e concretas nas falhas de sistema.

Por último, sobre honrar pais e mãe é uma regra tristemente pouco aplicada em nosso tempo, e cada vez mais se observa idosos abandonados, brigas familiares por causa de bens e herança, internações em asilos e assim vai. Em culturas asiáticas e africanas há um repeito pelos velhos. Mas aqui lembra o sábio judeus que é mais grave do que parece abandonar ou não honrar os pais. O rabi Eliezer cita um exemplo que um pai que toma uma bolsa cheia de moedas de ouro e a joga ao mar, observado pelo filho. O filho nesse caso não deve reprovar o pai. Assim, no caso de se ter os pais passando dificuldades e não os alimentar, comete assassinato. Por isso a frase continua em versículo, “não cometerás assassinato”. Pois nessa situação para Deus é como cometer assassinato.









sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O braço milagroso que salvou Moisés, morte dos 4/5 de judeus no Egito, o milagre dos gafanhotos e o mandamento do trabalho de acordo com Midrash


 
 
 
“A filha de Faraó desceu para banhar-se no rio, e as suas criadas passeavam à beira do rio. Vendo ela a arca no meio os juncos, mandou a sua criada buscá-la”. (Ex. 2:5)



“Subiram, pois, os gafanhotos sobre toda a terra do Egito e pousaram sobre todos os seus termos; tão numerosos foram, que antes destes nunca houve tantos, nem depois deles haverá”. (Ex. 10:14)



“Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho” (Ex. 20:9)






A Bíblia parece ser simples quando se apenas lê de forma iniciante. Mas com uma maior interpretação, observando o que disseram os sábios e justos, resta que muito se descobre. Assim mais uma vez o Midrash traz luz a compreensão maior. Assim aqui selecionei alguns versículos do Êxodo, que o nome verdadeiro é Shemot, que significa “nomes” em hebraico. Já de começo, vê-se que um milagre ou fato extraordinário sobre Moisés foi pouco lembrado, e foi assim salvo com seu cesto ou arca. Também dos dez milagres do Egito, um fato referente aos gafanhotos supera a mera ação destes. Sobre o Sábado muitos sabem que ele tem seu aspecto sagrado, de descanso, mas esquecem que nos outros dias é mandamento trabalhar.
 

Por um erro de tradução se colocou criada, ou ama, de modo que falou-se que esta buscou o bebê, no caso Moisés no cesto de junco, ou papiro, ou arca, como já tratamos noutros livros. Mas essa palavra hebraica para servente significa na verdade braço, como recorda Rashi e os sábios da Mishna. Então não houve servente nenhuma a salvar o menino, mas foi o braço mesmo da filha do Faraó que o fez. Mas até aí alguém acharia normal. Porém algo milagroso aconteceu. O braço dela se esticou por vários côvados, e assim salvou milagrosamente o menino. E isso que o versículo em sentido alegórico quer dizer, além do literal.

Sobre as dez pragas do Egito, ou melhor, dez milagres, todos sabem dos piolhos, das rãs etc. O versículo deixa alguns detalhes sobre os gafanhoto. Eram mais do que nunca pois eram todos os gafanhotos, inclusive os mortos despertaram e coaram para formar essa nuvem. E mais ainda. Um fato milagroso que os sábios lembram a respeito deles. Mesmo aqueles que estavam nas panelas ou nos barris de salmoura, já para a refeição, despertaram e voaram, saindo da terra do Egito, para evitar que estes ainda tirassem um proveito destes. Essa a lição de Rabi Iohanan. E ainda no Egito, após as pragas nem todos os hebreus ficaram salvos para o êxodo. Quatro quintos (4/5) sucumbiram junto aos egípcios, pois eram perversos.
 
 
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Sobre o Sábado muitas igrejas guardam, muitos falam e dizem ser obrigatório, outros sobre o domingo e assim por diante. Mas ninguém fala que o trabalho dos seis dias é mandamento. Pois diz claro no versículo: “seis dias trabalharás”, em sentido de ordem. Não diz que se trabalhe quando quiser, e ainda se tem um dia sagrado e reservado. Assim o trabalho é mais um mandamento, dentre aqueles 613 a que segue o povo judeu. Já a humanidade tem 7 mandamentos, a que chamam de mandamentos de Noé. Então apesar dos mandamentos muitos se referirem a costumes, apenas os 7 seriam para a humanidade. Mas trabalhar seis dias é mais do que digno ou honroso, é cumprir a vontade de Deus.