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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

COMENTÁRIOS A APOCALIPSE 7


 
 
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1 Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. 4 E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.


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COMENTÁRIO: Os quatro arcanjos, Gabriel, Miguel, Rafael e Uriel, que são espíritos dos 4 elementos, água, ar, fogo e terra, e daí dos 4 pontos cardeais. Esses quatro anjos são uma referência a esfinge, que representa os 4 elementos, e que seria o querub ou querubim que guardam a entrada do paraíso, ou melhor, que estaria de fora, ou no inferno-purgatório. Aqui se fala dos 144000 de Israel, e as 12 tribos são uma referência clara as 12 constelações, por onde passam os 7 planetas, bem como a 12 centros energéticos que rodeiam a coluna dorsal. Já comentei que 144=1+4+4=9, e esse nove é igual a ADM, ou Adão, o homem primordial, Adão Kadmon, um arquétipo ou modelo da humanidade. Assim a interpretação da humanidade salva. O sinal na fronte é o sinal da cruz, o Tau, que assim estaria como uma marca de Deus em seus fiéis, ou justos. Diz-se que em imagens Santo Antão era representado com esse sinal. Também os doze mil assinalados em cada uma das 12 tribos se refere aos 12 centros energéticos que estão na espinha dorsal. Assim cada uma delas regeria certos órgãos do corpo, e certas glândulas. Também se começa por tribo que representa a pineal, como Judá, de Rúben o pâncreas, de Aser o cérebro em hemisfério esquerdo, de Neftali o sacro, de Manassés a tireoide, de Simeão o hemisfério direito do cérebro, de Levi o apêndice, de Issacar o amor e ódio, de Zabulom as glândulas sexuais e de José o sistema simpático. Em Jorge Adoum há mais analogias ainda, revelando esse mistério em sua amplitude. A Igreja também usa o símbolo das duas chaves em cruz, e vemos muitos símbolos que entram aqui. Também cruz representa a matéria, e assim o Cristo crucificado na mesma. Seitas e religiões colocam o número de 144000 como proveniente de seus integrantes, e apenas estes salvos. Mas como vemos em Apocalipse, sempre há um grande simbolismo que requer maior interpretação, seja com chave da cabala, seja com detalhes gnósticos ou mesmo místicos, a fim de não se cair em erros. Sobre a marca, a mesma pode simbolizar também a glândula pineal (olho de Hórus), onde se manifesta um poder divino, bem como as linhas da fisiognomia, no rosto, que revelariam as marcas e linhas da providência, e de seus escolhidos. Esse sinal ou tau representa por claro também a árvore da vida. A cruz cabalística é feita com base em esferas da árvore da vida, um gráfico representante de emanações divinas, em suas esferas ou sefirot. Mas o selo dos assinalados é uma cruz, ou o ato de gesticular esse símbolo. Mas esse é o provável sinal dos que foram assinalados com selo (da cruz).
 
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9 Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; 10 e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. 13 E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? 14 Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. 15 Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles. 16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; 17 porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
 
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COMENTÁRIO: Uma vez não mais preso ao corpo de desejos, e mesmo a parte material, e vestido com um novo corpo, o corpo glorioso, o homem não sentirá mais dor, fome, calor, sede etc. As vestes brancas são essas vestimentas, das quais o Adão ficou nu quando pecou. Essa vestimenta “branca” dava inclusive a possibilidade de não se conhecer a morte, bem como de se viver no Jardim do Éden ou paraíso. É a aura pura e imaculada. É o encontro de Nirvana. Mas isso não é tanto espiritual, mas deve se assemelhar ao nosso mundo, apenas sendo perfeito. A Seicho-no-iê fala de um mundo perfeito, que é o mundo de Deus, sendo o mundo de Jissô, da imagem verdadeira. Assim nesse mundo de imagem e semelhança de Deus, e não nosso mundo, que já revela um pecado e uma natureza corrompida, passageira e mortal. As águas da vida se refere a aquelas do Éden, bem como a de um mundo de elevados planos astrais, onde há a proximidade com o Pai Celeste. Esse corpo glorioso é um corpo solar, imitando assim Cristo em sua natureza, se fazendo semelhante ao Filho do Homem. O Reino dos Céus, tão prometido, mesmo a verdadeira terra prometida, de leite e mel.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Os mistérios do Natal



Comemoramos com alegria o nascimento de Jesus e em cada ano trocamos presentes e sorrisos com aqueles que amamos. Em meio a festas e ao próprio feriado, que muitos curtem em viagens, praia ou mesmo em visita a entes queridos, há o motivo principal. Esse motivo é o próprio Natal. Mas até onde sabemos do nascimento de Jesus e até onde isso tudo é carregado de tradições? O menino Jesus é talvez ainda pouco conhecido, restando informações que muitas vezes são pouco comentadas. Vejamos.

Sobre a data do nascimento, nada se sabe, restando tradições que foram transmitidas por seitas e mesmo pela Igreja. Mas as primeiras celebrações não eram em 25 de Dezembro. A data que se inicialmente era comemorada era 6 de Janeiro. Somente no século 4, com Papa Libério, que a data mudou para 25 de Dezembro. Isso não foi para comemorar a festa pagã de Sol Invicto, nem da Saturnalia, festa a Saturno, mas sim para que cristãos tivessem sua própria festa nessa data. Isso depois aconteceu com deusas locais, que depois foram substituídas por Nossa Senhora, do mesmo modo. Comemorar uma data cristã no lugar da pagã seria favorável.
 
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Sobre o nascimento de uma virgem, Jesus não foi o único que se atribuiu essa qualidade. Já antes Hórus egípcio, Krishna indiano, e mesmo o rei Ciro da Pérsia, também Adonis, ou o filósofo grego Platão. Não apenas em velho mundo, mas no novo, os maias tiveram um Deus chamado Zama, e na Tailândia teve um deus de nome Codom, com essa qualidade.
 
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No que se refere a local de nascimento, não se nega que o foi em Belém, mas mais porque o messias salvador teria de nascer lá. Também nem todos falam que teria nascido em manjedoura. Mateus falou que ele teria nascido em uma casa. Ademais, há uma tradição referente a escritos arqueológicos achados no Mar Morto, que Jesus teria nascido em uma gruta, da seita dos essênios. Eles acreditavam que seria uma reencarnação de um dos seus antigos chefes, um Mestre da Retidão.
 

Sobre a estrela de Belém há muitas versões. Há quem diga até que era um disco voador. Mas tudo indica que foi um fenômeno natural e astronômico, uma aparição helíaca, de Júpiter ou mesmo de Sírios. Fato é que os magos acabavam profetizando quando aparecia também um cometa, anunciando a vinda de um avatar salvador. Os reis magos teriam assim seguido esse evento e chegado até o menino Jesus, talvez em data um pouco posterior ao seu nascimento.
 
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Também se levar em conta os evangelhos achado por arqueologias, em momento posterior aos canônicos, o menino Jesus já realizava milagres. Teria assim curado e até amaldiçoado, participado de outros eventos extraordinários, como de fazer voar pássaros de barro. Ainda, o menino Jesus teria estudado no Egito, e sua mãe falava o aramaico. E Jesus certamente sabia muito sobre o Torá, texto sagrado judeu, que é parte de nosso Antigo Testamento, ou o pentateuco, e por isso discutiu com os mestres aos seus 12 anos, porque tinha formação nesse sentido, e educação. E Jesus teria sido também educado pelos essênios, os quais tinham o costume de batismo e de uma ceia santa.
 

Mas lembrando sobre São Nicolau, que podemos comparar ao Papai Noel, o mesmo na Alemanha tinha um competidor. Para as crianças mal educadas havia o Krampus, espécie de Papai Noel maligno ou demoníaco que as sequestraria, se fossem malcriadas. Jovens usam máscaras de madeira comemorando Krampus no dia 5 de Dezembro.

Fato é que o Natal nos rende sempre alegria e uma luz inegável. E é melhor comemorar o nascimento de Jesus, que ficar procurando defeitos na fé alheia. O Natal mesmo assim deve ser comemorado, e sempre reverenciado o Senhor Jesus, nosso mestre e inspirador de uma vida de conversão e transformação. E assim podemos por fim renascer na estrela de Belém.


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

OS 10 MANDAMENTOS

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O tema dos 10 mandamentos ainda desperta grande curiosidade. Com recentes produções televisivas e cinematográficas, ocorre sempre a busca de se saber mais sobre o tema, ou mesmo de se esperar um efeito especial, como da abertura do Mar Vermelho. Fato é que essa lei teria sido recebida por Moisés no monte Sião, e ainda ouvida por 600000 pessoas, diretamente de Deus. Também detalhe que não é a totalidade de mandamentos para os judeus, que seria 613 mandamentos. Isso resultou de um êxodo do Egito, onde o povo hebreu era supostamente escravizado. Também foi mais um resultado da fé do que de provas históricas, e em muito se soma a uma mitificação. Mas já escrevi em quatro livros sobre a Bíblia detalhes que acrescentam informações pela tradição oral, a respeito dos acontecimentos relatados em produções cinematográficas e mesmo no livro sagrado. Em hebraico, mandamentos se chamam mitzvot. Um bebê judeu faria o juramento para Deus já no ventre com respeito aos mandamentos.



Tábuas da Lei



Um dos dois Talmudes diz que o mundo teria em torno de 6000 anos, e, que 2000 seriam de caos, 2000 de império da Lei e 2000 antecederiam o Messias. Também há um comentário dos sábios judeus que as pedras da Lei de Moisés teriam 6 palmos por 6 de tamanho. Junto às tábuas da Lei estava a cabala, que foi passada por tradição oral.



Existe a Lei oral



Moisés recebeu no monte Sinai as tábuas da Lei (Torá), os mandamentos, a Mishna, o Talmud e até mesmo o Zohar. Usar apenas da Torá escrita seria temeroso, e se deve assim buscar a opinião dos sábios, que perpetuaram aquela tradição oral que se reveste de suma importância para entender o que está escrito. Jesus possivelmente conhecia todas essas coisas, e por isso ensina bem além do que se acha no texto do Antigo Testamento.



Tem de se ver a razão da Lei



Vemos muitas vezes que as regras necessitam de interpretação, e que apenas sua boa interpretação que leva a efetividade. Temos assim de encontrar a razão dessas leis, sua ratio legis, de tal modo que no caso do que temos na Bíblia, não é diferente. Parece que o cerne dessas regras constantes no livro de Levítico é de separar a nação de Israel, escolhida, daqueles povos pagãos, que cultuavam outros deuses, ou melhor, da idolatria. Conhecemos essas regras especialmente pelos 10 mandamentos, apesar de que lembramos que em verdade para a humanidade, ou filhos de Noé, são 7 mandamentos, e que para judeus são 613. Isso ainda inclui a tradição oral, o Talmude e uma série de detalhes, como os ensinados pelo mestre Yehoshua (Jesus), como amar ao próximo como a si mesmo, lição já presente nos Salmos. Ademais, para judeus são duas classes de mandamentos: 1 – Mishpatim, que são os mandamentos racionais e lógicos; 2 – Juquim, que são os mandamentos oriundos da Sabedoria Divina, acima da razão.



Há quem fale em 11 mandamentos



Sobre os mandamentos, existe no Salmo 15 a referência a esses 11 mandamentos como fundamentos de todos os demais, ou seja, dos 613. E a palavra Torá soma 611, sendo que +2, aqueles ditos pela Voz Celestial, seriam iguais a 613. Já, por fim, em Deuteronômio 27:11 e segs., se fala nas 11 maldições que eram declaradas frente ao monte Eval.



Solucionar mandamentos e não violar



A passagem de Mateus 5:19 onde se diz ou traduz “violar um desses mandamentos”, na verdade em grego está iyein, que em latim fica solvere. Assim, significa solucionar. Deve o cristão então solucionar os mandamentos.



Justos guardam mandamentos pois juraram guardar




Os justos guardam mandamentos porque juraram os guardar, antes do nascimento, já no ventre da mãe, conforme ensinam os chassidistas.




(Trechos citados de meus livros sobre a Bíblia: Bíblia e Misticismo, Bíblia e Tradição Oral, A Bíblia Esotérica e Bíblia e Mistérios, de editora Clube de Autores)