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domingo, 29 de outubro de 2017

SOBRE OS CACHORRINHOS, PÃO, MIGALHAS E MULHER CANANEIA, DE ACORDO COM A CABALA


SOBRE OS CACHORRINHOS, PÃO, MIGALHAS E MULHER CANANEIA, DE ACORDO COM A CABALA 



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“Levantando-se dali, foi para as regiões de Tiro e Sidom. E entrando numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pode ocultar-se; porque logo, certa mulher, cuja filha estava possessa de um espírito imundo, ouvindo falar dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés; (ora, a mulher era grega, de origem siro-fenícia) e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio. Respondeu-lhes Jesus: Deixa que primeiro se fartem os filhos; porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. (Marcos 7:24-27)



“Ora, partindo Jesus dali, retirou-se para as regiões de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, provinda daquelas cercania, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim, que minha filha está horrivelmente endemoninhada. Contudo ele não lhe respondeu palavra. Chegando-se, pois, a ele os seus discípulos, rogavam-lhe, dizendo: Despede-a, porque vem clamando atrás de nós. Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então veio ela e, adorando-o, disse: Senhor, socorre-me. Ele, porém, respondeu: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. (Mat. 15:21-26)







 

Nos dias atuais cada vez as pessoas procuram uma roupa ideológica ou religiosa para vestir, ou mesmo certo nacionalismo ou regionalismo. Geram assim divisões e divisões, e uma verdadeira Babilônia de confusão. Por outro lado, esquecem do sentido mais profundo dos textos sagrados, defendendo por outro lado o seu ego ou meu inferior. Esse sistema controvertido que seguem nada mais é do que Yeshua chamou de “cachorrinhos”, para os quais é mais difícil buscar a presença do Cristo. Por isso de se chamar a porção pequena de luz que recebem de “migalhas”. Isso se referia muito aos chamados pagãos e demais povos, “nações”, que também recebem a luz, mas um pouco menos diretamente ou intensamente que dos filhos de Israel, ou daqueles que “vão e veem” o Criador. Também se refere a que na cabala se chama de exclusivo desejo de receber.

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Então, o fato tratado é o de filha endemoninhada de mulher cananeia que procura o rav Yeshua, operando o milagre da expulsão do espírito. A mulher representa então a força emocional que é usada casualmente, e a filha é símbolo do produto desse uso mal feito da emoção. O alimento espiritual superior não serve para funções inferiores, estas representadas pelos cães. Também se pode pensar nesses cães como os eus inferiores ou egos, que mostram o yetzer hará, ou a alma animal, lugar das klipot, ou demônios. O messias purificou essa natureza emocional e curou os seus resultados. Também o pão significaria um ensino mais profundo aos discípulos, ou mesmo a uma eucaristia, e a mulher não estava iniciada nesse nível, sendo essa a representação das migalhas.


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De certo modo o desejo de receber ou o egoísmo ligado aos desejos mais básicos um dia darão lugar a desejos espirituais de um desejo de doar, ou com a finalidade de doar. Assim o egoísmo ou cão dará lugar a um pão, que representa o corpo de Cristo ou Novo Adão, Adam HaRishon, onde somos todos como um. E passamos de um nível de Malkut, para zeir ampim e finalmente chegaremos ao nível de Biná, em se lembrando as esferas da árvore da vida cabalística. Esse Biná nada mais que significa que Éden ou paraíso, ou o Reino dos Céus. E assim vemos o Rosto de Deus, no Cristo que vive em nós, interno e eterno, para essa união mística, bodas alquímicas entre o eu inferior, que são os cachorrinhos, com o pão do céu, maná da eucaristia de Cristo, e com o eu superior, para assim comungarmos dessa ceia santa. E somos livres dos demônios ou klipot e assim comungamos como os justos, não mais estando sujeitos a yetzer hará (alma animal) dos cachorrinhos de nossos eus inferiores e personas que afastam a legítima espiritualidade. Por fim, poderemos amar ao próximo. E não mais existirá religiosidade que separa as pessoas, e nem nações, mas todos estão unidos em um só propósito, que é a espiritualidade.



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sábado, 14 de outubro de 2017


Sobre o princípio das dores, fim do mundo e a ceia santa, do ponto de vista esotérico





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“Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”. (Mat. 24: 1-3)



“E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. (Mat. 24:6-8)



“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados”. (Mat. 26: 26-28)













Passamos por um momento espiritual. Isso nos lembra em contraste com o nosso apego material, e assim nos vêm a memória o Cristo, que nos mostra esse caminho espiritual. Isso não se faz sem alguma dificuldade inicial, e assim o fim dos tempos. Tal fim não é necessariamente externo, mas mais interno. É um certo batismo verdadeiro e profundo. Também uma eucaristia espiritual e mística que nos une ao Cristo Cósmico. Essa lição da ceia é ainda alquímica, como lembra Corinne Heline, em seus comentários esotéricos a Bíblia. Também John Scott nos leva a pensar no que é esse tal fim do mundo. E o que vem a ser esse Monte das Oliveiras, em sentido místico? E qual será a pedra sobre pedra que não estará derribada? Será que o Divino agirá com alguma “maldade” extinguindo toda a possibilidade de existência humana? Será que guerras, catástrofes naturais e perseguições transformam o mundo em algo melhor, ou o levam para a espiritualidade? 

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Há entre muitos teólogos uma certa escatologia, defendida em sentido fatalista e pior, materialista. De modo algum a doutrina bíblica é meramente moralista e material, e mesmo não se pode nem relacionar fatos que ocorreram na noite dos tempos, com a nossa realidade presente. Claro que se esperar e marcar datas para o fim do mundo e para a segunda vinda de Cristo, bem como uma série de invenções, se atacando igrejas, governos e países é igualmente contraditória. Essas invenções e interpretações limitadas nos deixam perplexos, e cada vez mais pessoas temem ou mesmo desejam um fim, não evoluindo ou se transformando. O Cristo veio para nos transformar, e nada teremos de temer. Para isso um ponto de vista místico e interno nos dá melhor resposta a dita “escatologia”, que na verdade é o retorno para o Pai, e nesse sentido algo bom, mas que exige transformação de natureza e o que se chama em Mateus de “princípio das dores”.






Como vimos nesse estudo, a linguagem da Bíblia é uma linguagem das raízes, simbólica e se referindo a mundo espiritual. Para isso, nos vêm ensinar a cabala, bem como a gnose e a mística. E meras guerras, catástrofes naturais e perseguições não melhoraram a humanidade. O fator deve ser o amor ao próximo, e nesse estaria toda a lei, bem como a adesão ao Criador. Nesse sentido que o ensinado pelo Yeshua (Jesus) em Mateus, fala desses símbolos de transformação espiritual, e atemporal. O Monte das Oliveiras simboliza um elevado plano espiritual. O fim do mundo ocorrerá tanto individualmente, quanto cosmicamente, conforme Max Heindel, e o fim do mundo é o fim da materialidade, conforme Scott. E alguém se pergunta se acabaria tudo? Não ficará pedra sobre pedra. Mas ficará a alma, ou melhor, aquela parte espiritual que se desenvolve, não se confundindo com o corpo astral inferior ou de desejos, estes últimos presentes em algumas sessões espíritas. A fome descrita significa a fome espiritual, e os terremotos são os tremores da saída do espírito do corpo, em abertura de vórtices. As guerras são contra os eus, os egos e personas que nos afastam do caminho de transformação. As nações são os desejos e distrações que nos afastam do Pai Celestial.



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Sobre a ceia, esta além do mistério da eucaristia, guarda ainda um significado esotérico adicional. John Scott, em se referindo ao espírito de Cristo que nos sustenta a vida, e que penetrou na terra após os gólgota, além de ter um cuidado especial com os planetas de nosso sistema solar, bem como simbolizando o vinho a Força Vital. A casa do Pai seria um estado elevado disso. Também Corinne Heline lembra de um sentido alquímico, onde o vinho representa o princípio masculino, e o pão representa o princípio feminino. Cristo ensinava seus discípulos a construírem a pedra filosofal dentro de si mesmos. Desse modo é errôneo quem vê a lei hermética do gênero como marca apenas de outras vertentes, excluindo a cristã. A castidade é uma chave cristã, também. E o lava pés é a limpeza espiritual dos chacras, que muitas vezes sofreram com sentimentos negativos e mesmo a influência do mundo. Um sinal da humildade do iniciado é o lava pés.











Fontes



- Sagrada Bíblia, versão João Ferreira de Almeida, em ebook Microsoft Reader



- Interpretação Esotérica do Evangelho de São Mateus. Por Roberto Gomes da Costa. Fraternidade Rosacruz Max Heindel.



- Estudos Gnósticos sobre a Bíblia Hebraica. Editorial Mória.






sábado, 7 de outubro de 2017

Maria, mãe mística de Jesus e de acordo com a cabala cristã


Maria, mãe mística de Jesus e de acordo com a cabala cristã




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“E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra”. (Mat. 2:11)



“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? e não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele”. (Mar. 6:3)



“Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”. (Luc. 1:26-27)



“e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre!” (Luc. 1:42)



“Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele”. (João 11:45)



“Saudai a Maria, que muito trabalhou por vós”. (Rom. 16:6)



“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”. (Ap 12:1)




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Meu nome não mente, e assim Maria ganha importância à minha pessoa. Oriunda de um círculo místico e desde cedo sendo visitada por santos e anjos, possuindo visões e praticando curas, Miriam que era reencarnação de outra Miriam, viria a ser a Mãe de Deus, ou de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim José também fazendo parte dessa fraternidade mística, o qual foi escolhido por uma espécie de sorteio. Miriam concebe Yeshua (Jesus) em castidade. A mãe Sophia é encarnada no Filho. Assim pelo filho vem a reflexão que é bendito o fruto de seu ventre. Ela então repara o pecado de Eva.





O partsuf de Aima, Deus Mãe encarna em Maria. Assim esse rosto espiritual e presente, real, nos vem trazer a encarnação de Cristo, para assim nos salvar daquele pecado de Adão. Yeshua vem como o segundo Adão, e assim repara o primeiro. Maria repara Eva e estamos assim prontos a adentrar em altos níveis espirituais, pelo amor ao próximo e reconhecendo o Criador e dimensão Pai, ou Abba. Assim meditamos na Mãe Israel, ademais, e lembramos das bodas descritas em Cânticos, dessas núpcias místicas. Como disse o Papa João Paulo II, Maria é a imagem escatológica da Igreja.


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Também no Apocalipse ela é retratada como a virgem, e assim supera o dragão e Satanás. A energia sinistra caminha contra Maria, e junto com essa energia draconiana vem a falta de castidade, o preconceito contra as mulheres e o não reconhecimento do Divino Feminino. A dimensão cabalística de Aima de Deus, o Seu rosto feminino, é pouco lembrado. Também a divina Mãe Kundalini, que também evoca pureza, é esquecida, e assim não se pode conhecer as 7 Igrejas do Apocalipse, os sete chacras dessa transformação interna do Ser, superando assim os dragões de seus egos e personas, que tanto atrapalham a caminhada espiritual. A mulher vestida de luz é desrespeitada, e suas imagens quebradas, confundidas com ídolos pagãos e esquecida na Intercessão com o Pai Eterno. Assim confuso, o descrente sucumbe em uma das sete raças que representam esse caminho espiritual. Assim a castidade enfrenta o dragão da perversão, e supera os desejos animalescos, retratos de ietzer hará (alma animal). Maria supera o dragão vermelho e mostra o caminho relativo as sete igrejas. Nasce assim o Filho do Homem de uma virgem, e deste modo o Cristo Interno se revela.

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Por fim Maria mostra o rosto de amor e compaixão, e do acolhimento do divino filho. Assim as mulheres encontram nesse símbolo apocalíptico da mulher vestida de luz, ou da mulher e o dragão, respostas para a vida e para a trajetória espiritual. Para tanto, se torna uma mulher nirvânica e conhece o Sagrado Feminino nela mesma, a fim de observar a imagem e semelhança da Criação. Eva assim é reparada em Maria, e a mulher se torna a Divina Noiva, Sophia para assim mostrar esse rosto de Deus na conexão e Adesão a Ele. Logo, o dragão do egoísmo é vencido, e a serpente do ego é pisada e dominada, e pela sua cabeça é controlada. Com Cristo se supera esses inimigos tenebrosos e se retorna ao paraíso do Éden, mundo cabalístico de Atzilut, para assim estar junto de Deus. Assim se compreende essa dimensão Aima ou de Biná Dele, o Seu atributo. A Mãe Divina permanece conosco.




Fontes


-Santa Bíblia. Versão ebook Microsoft Reader, João Ferreira de Almeida.


- Tau Malachi. Cristo Cósmico: a cabala do cristianismo gnóstico. Editora pensamento.


- Samael Aun Weor. Mensagem à era de aquário. Editora Gnose.







Imagens de :


http://www.semprealegria.com/maria-a-mae-de-jesus/


https://fococristao.wordpress.com/2015/12/24/maria-uma-mae-adolescente/


https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/dogma/como-maria-foi-sempre-virgem/


http://imagenscatolicas.blogspot.com.br/2008/01/maria-me-de-jesus.html