“Os
olhos de Léia eram melancólicos” (Gên. 29:17 - Midrash)
“Léia
tinha os olhos enfermos” (idem, João Ferreira)
“Os
olhos de Lea era ternos” (idem, Bíblia Hebraica)
“Lia
tinha os olhos embaciados” (idem, Ave Maria)
“tinha
os olhos tenros” (idem, Dake) (ou fracos, tímidos, suaves,
atraentes, relutantes)
“meigos”
(idem, Nova Pastoral)
“não
tinham brilho” (idem, Novo Mundo)
“E
Jacó enviou anjos à sua frente, a seu irmão Esaú” (Gên. 32:4)
“José
teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda
mais”. (Gên. 37:5)
“e
tomando-o (José), lançaram-no na cova; mas a cova estava vazia, não
havia água nela” (Gên. 37:24)
Cada
vez que lemos a Bíblia, notamos mais variantes na sua tradução. Em
certos versículos isso pode se ampliar muito, e nos levar a uma
duradoura reflexão. Exemplo claro é o versículo de Gênesis
referente a irmã de Raquel, a Leia, que teria algo muito misterioso
em seu olhar. Também vemos detalhes que são completos por outros
livros, ou pela tradição, como o referente a anjos enviados por
Jacó a Esaú, que são explicados no escrito judaico Ética dos Pais
(ou Pirke Avot). E sobre José, este teria não apenas caído em um
poço vazio, mas sobrevivido por milagre neste, por um detalhe
significativo. E o sonho de José iria se realizar 22 anos após, de
modo que se tem o segredo de que sonhos se realizam em 22 anos.
Sobre
Leia, além do evento que ocorreu no engano de Jacó feito por Labão,
e mesmo pelo costume oriental que não obrigava qualquer sentido de
monogamia, tendo ainda os homens servas, concubinas e o que
desejarem, resta mesmo assim o mistério do olhar de Leia. Parece em
primeiro momento que em comparação a Raquel, seria sua irmã menos
bela, ou com olhar diferente. Leia tinha assim olhos melancólicos.
Mas não são talvez apenas olhos tristes, senão a descrição de um
temperamento, de uma condição física, maior que um mero juízo
estético. Mas outros traduzem como olhos atraentes, meigos. Então
Leia não era menos bonita que Raquel. Tristes são as versões de
Bíblia Ave Maria e a Novo Mundo, que colocam os olhos como
defeituosos ou numa característica negativa. Mas o termo hebraico
racot segundo o Midrash é melancólico. Isso porque ela
estava destinada a ficar com o perverso Esaú, e por isso seus olhos
teriam ficado assim, com aspecto de tristes.
E
sobre os anjos, diz o livro Ética dos Pais: “Aquele que faz um ato
de bem adquire para si um anjo guardião”. Os sábios da Midrash
dizem que Jacó enviou literalmente anjos, estes criados pelo
cumprimento dos mandamentos (mitzvot). Fato é que nesse
sentido que as boas ações protegem, e trazem para si a Presença
Divina, ou a Shekiná. Pois Esaú em sua perseguição teria feito
até Jacó permitir perturbar os anjos celestiais, para sua urgente
ajuda.
E
sobre José, há dois fatos relevantes aqui lembrados: que seu sonho
se realizou em 22 anos, e que operou um milagre a seu favor no poço.
Lembra o Rabi Zalman Sorotzkin em sua obra Oznaim LaTorá que o poço
tinha a vantagem de ter passagem para se respirar. Mas por outro lado
possuía a desvantagem de ter víboras e escorpiões. Então José
teria assim sobrevivido a presença e ataque de cobras e escorpiões,
nesse poço onde os irmãos o teriam jogado. E sobre José, ele teria
o sonhos com 17 anos, e 30 quando decifrou anjo do faraó, sendo
ainda mais 7 anos de abundância e 2 de carência, somando assim o
total de 22 anos. Assim seus irmãos o procuraram. Deste modo, os
sonhos levam 22 anos para se realizar.
Como vc sabe que lia estava prometida a esau
ResponderExcluirBom dia. Com base no Midrash citado. Valeu amigo
ExcluirTacredito que lia era prometida pra Esau por ser a mais velha
ResponderExcluirTô com fome
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