Sobre
o arrependimento, oração, jejum, e o retorno ao Senhor
“O
que é torto não se pode endireitar; o que falta não se pode
enumerar”. (Ecl 1:15) João Ferreira
“Uma
deformidade não pode ser corrigida” Cohélet 1:15, em Likutei
Tania
“Preparai
o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; assim apareceu João,
o Batista, no deserto, pregando o batismo de arrependimento para
remissão dos pecados”. (Mar 1:3-4) João Ferreira
“Eis
que alguém está clamando do ermo: Preparai o caminho de Jeová,
fazei retas as suas estradas, apareceu João, o batizador, no ermo,
pregando o batismo no símbolo do arrependimento” Idem – versão
Novo Mundo
“Convertei-vos
a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e
com pranto”. Joel 2:12
“Retornem
a mim como todos os seus corações, e com jejum e pranto” Yoel,
idem, em Tania
“A
benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm
fim” (Lam 3:22)
“As
benevolências de D'us certamente não terminaram” Eichá, idem,
Tania
“Assim
está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse
dentre os mortos e que em seu nome se pregasse o arrependimento para
remissão dos pecados, a todas as nações, começando por
Jerusalém”. (Luc 24:46-47)
Vemos
uma grande propagação de um alívio dos erros através de mero
arrependimento, seja em igrejas, seja através de ministros que o
defendem de um modo um tanto incompleto. Um sábio judeu, Rabi Zalman
de Liadi, disse certa vez: “Não é como as pessoas se enganam,
pensando que Teshuvá é somente o arrependimento pelos pecados
cometidos” (Likutei Torá, Haazinu). Também Yeheshua (Jesus
Cristo) ensinou o arrependimento, e a remissão dos pecados. Sendo
judeu, por certo que o que ele teria ensinado é Teshuvá, que
superficialmente foi entendido como mero arrependimento. Mas seria
nobre um criminoso meramente se arrepender em prisão? Ou uma pessoa
se arrepender de não jogado na loteria? Ou por certa tristeza se
arrepender em uma igreja, não mudando o que se é? Certamente não é
tão simples assim.
A
natureza de Cristo, que nos salva e salvará, está bem além de
frequentar uma igreja. Também não se trata de algo meramente aceito
pela sociedade, como um perdão social. Nem ressocialização, como
do ponto de vista criminal. Teshuvá, ou o arrependimento, é na
verdade um RETORNO A DEUS. Isso leva a uma dimensão bem mais
profunda a situação. Como pode alguém se arrepender desse modo,
sem ter outra natureza. Em Yeheshua ela é renovada, ganhará até
mesmo um novo corpo. Pois Deus é misericordioso. E ainda, com a nova
aliança, não mais se trata de cumprir a punição da Lei, mas de se
ter a Lei no coração, estar até quase além desta. Não se trata
de ser punido por pecar, mas de não ter nem a possibilidade de
pecar. Mas quem se arrepende é justamente o pecador ou aquele que
comete erros.
Mas
faremos então sacrifícios de animais? Não. O que deve ser
sacrificado é o animal dentro de nós. E isso mesmo entre judeus se
faz em orações, jejum e outras formas. Fala-se até em
“mortificação” da carne. Alguém pode pensar em um cristianismo
primitivo ou catolicismo antigo. Mas se trata em livros judaicos
sobre essa mortificação. Contra quem pensa que o catolicismo
inventou essas coisas em idolatria, assim como o purgatório,
pesquise a literatura judaica, e verá que lá já existiam esses
meios. E muito mais, o jejum em livro judaico é de vários dias, e
cita-se em número mínimo 84 dias. Fala-se em 252 jejuns, 336
meio-jejuns etc. Na prática parece ser parecido com o Ramadan
islâmico, se referindo a jejum de dia, e não de noite. Mas pode o
jejum ser substituído por caridade. Mas há uma limitação de 1/5
para a caridade, para não se prejudicar a família. Mas quem não
tem para dar em caridade, oferece em jejum. E o jejum apenas é para
pessoas robustas e saudáveis. O que importa é esse retorno a Deus,
em verdade.
Rabi Zalman de Liadi
E
o arrependimento é para todas as nações, e futuramente para uma
só, que será Israel (Jerusalém), ou uma unidade mundial de
Fraternidade e amor. E o arrependimento evita até mesmo a pena de
morte, ou mesmo a Caret, pena de morte espiritual. Por isso que
Yeheshua (Jesus) sabia da sua importância, e assim da remissão dos
pecados. Do mesmo modo se pode ver seu jejum de 40 dias. Pois todo o
pecado tem um corpo e uma alma. E a alma do pecado é extirpada por
esse remorso. Ademais, quando se sofre, acaba se purgando o pecado.
Por isso a vida pode ser uma solução melhor do que a morte, para
aqueles que defendem a pena de morte. O que importa é converter o
lev, o coração. Assim a consciência do Messias pode nos remir
pecados e levar a uma nova natureza, ao Novo Homem.
Fonte:
LIADI,
Rabi Shneur Zalman. Likutei Amarin Tanya. Vol 5.
Bíblia
tradução Novo Mundo
Bíblia
de Jerusalém
Bíblia
Versão João Ferreira de Almeida – ebook
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