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sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Bíblia é mais que o livro

A Bíblia é mais que o livro



            O livro mais impresso no mundo e base da fé cristã, fez também parte da vida de todos nós em algum momento da vida. O nome Bíblia, como muitos já sabe, provém do termo “biblos”, que significa livros, em grego.  Divide-se em antigo e novo testamento, sendo o antigo escrito originalmente em maior parte em hebraico e parte em aramaico, já o novo testamento escrito em grego. No livro de Daniel 9:2 há a referência a “os livros”. O antigo testamento é de origem judaica, sendo que para estes se divide em 3 partes: Lei (Torah), Profetas (Nebhiim) e Escritos (Ketubin). O pentateuco, cinco primeiros livros, os quais são atribuídos a autoria de Moisés, o que é criticado por certos arqueólogos, haja vista o nome de Deus estar em alguns livros como Jeová e em outros como Elohim. Ao tempo de Abraão existia a escrita pictórica, ancestral da cuneiforme, cujas placas de argila às vezes em escritos semelhantes são também encontrados por arqueólogos. Jesus se refere a Lei e aos Profetas, demonstrando ser conhecedor e grande conhecedor do Antigo Testamento. O termo Novo Testamento foi inaugurado por Tertuliano e Jerônimo chamava a Bíblia de Bibliotheca Divina. Os textos assim presentes neste livro são inspirados pelo Espírito Santo, e a Bíblia mesmo é mais que o livro, lembrando que há uma tradição oral. É dessa que vou falar.
            O mundo e todas as coisas forma criados pela Bíblia. Não se trata de um livro que falo, mas da Lei de Deus. Entre místicos e sábios judeus, cujas lições encontramos na tradição oral, na Cabala e na Mishna principalmente, há a referência quanto a Deus criando o mundo através da Torá, em especial com algumas letras, cuja menção aqui não se faz ainda necessária. O próprio nome de Deus tem grande importância nesse sentido, o nome de quatro letras IHVH(Yod, He, Vau, He), sendo o yod um padrão masculino na criação e o he um feminino. Essa tradição oral segundo alguns é o antigo sacerdócio segundo a Ordem de Melquisedec, o que posteriormente foi chamado de cabala, e teria surgido antes de Moisés quebrar as pedras da lei, na ocasião do bezerro de ouro. Para assegurar certos saberes, houve a precaução de escrever o necessário, haja vista idolatria do povo escolhido. Por isso também Jesus, Nosso Senhor, foi chamado segundo o sacerdócio da Ordem de Melquisedec, por ser em parte cabalista. A Bíblia é assim um livo que encontra diversos saberes, desde alegorias astronômicas, dos elementos, alquimia, numerologia (guematria) e outras ciências antigas, que podem às vezes ter ligação com paganismo, mas que são ciências separadas do mesmo.
            Qualquer desequilíbrio do Nome Sagrado implica em destruição. O afastamento da presença de Deus (Shekinah), seja pelo pecado ou idolatria, implica em destruição, cuja lição nos foi dada em Sodoma e Gomorra. Então as lições de sabedoria dentro desse livro sagrado, são essenciais a preservação da humanidade, por encerrar certamente leis cósmicas dadas por Deus. Ele encarnado ou pelo seu filho Jesus (Yeshuah), farão inclusive a regeneração do homem para que se tornou Novo Homem, superando o pecado e a queda de Adão, vestindo por fim o seu corpo glorioso ou glorificado após a ressurreição. O perverso (Rasha) afasta esse a presença divina, pois o homem  precisa permitir a presença de Jesus, crer Nele, que seria a conversão verdadeira, o pegar a Sua cruz e se banhar em Seu sangue. Assim pode ser o justo (Tsadik), que é diferente de perfeito, mas se aproxima deste. Mas a tradição oral também existe no cristianismo e muita coisa não escrita na Bíblia é interpretada, como o anjo caído Lúcifer, que é mais fruto da teologia, certamente com base nessa tradição oral primitiva.
            Pensei nesse título ao presente artigo, porque pelo livro cabalístico do Zohar também Adão e Noé tinham recebido do Senhor um livro, o que não sabemos se era de pedra ou algo estilo cuneiforme, ou uma escrita nas cavernas, ou sendo Adão um homem de corpo sutil ou espiritual, se seria a lei algo nesse sentido. Mas fato é que já tinham um livro, o que nos leva a pensar em uma Bíblia entes de Moisés, ou mesmo Abraão. No livro Sepher Yetzirah, também dos místicos judeus, a Criação se operou pelas 22 letras, por três letras mães (Aleph, Mem e Shin), que seriam água, ar e fogo, e ainda por 7 e 12. Isso ainda com as dez esferas, que são propriedades do Criador. Para mim isso nada mais é que um grande livro, talvez livro da vida, livro do universo, livro da natureza, o nome é indiferente. Lembramos que Jesus era relacionado ao Verbo de Deus, e no princípio da Criação era Ele que estava com Deus. A Palavra criou. O livro foi a base, a Torá, ou mesmo a Bíblia, que Deus usou antes de Criar o mundo. Logo a mesma Bíblia é muito mais que um livro.
           

2 comentários:

  1. Como todo livro a Bíblia é mais que um livro. Mas a Bíblia é o livro dos livros. É a maior de todas as metanarrativas. Parabéns pelo comentário. A Bíblia é uma escadaria, não sei se, exatamente com 107 degraus, parabéns pelo livro da USBE Mariano. Os seus textos, sou suspeito para falar, foram os melhores. Excelente biografia. Obrigado por mencionar o meu nome. CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY

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  2. Cleverson.. voce é abençoado.. e a Bíblia te colocará o seu nome no livro dos vivos.. e certamente naquele dia você será salvo.. agradeço sempre e continue comentando.. abraço amigo

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