Chegamos a mais uma Páscoa para comemorar a ressurreição de Jesus Cristo. Contudo, muitos se questionam o porquê da data ser variável. Também por falta da compreensão mística, procura-se duvidar de fatos que geram a comemoração, bem como a sua simbologia. Vemos apenas as propagandas, chocolates, ovos, coelhos, e esquecemos do grande protagonista dessa data: Cristo. Isso tudo nos leva a pensar até onde a ressurreição do Messias nos leva a transformarmos nossas vidas, a fim de que sejamos Novos Homens e Novas Mulheres, cristificados e rumo a reintegração.
A
data da Páscoa varia de acordo com movimentos solares e lunares.
Isso prova a dimensão cósmica do Cristo, sendo um Cristo Cósmico.
Também prova que Cristo está também dentro de nós, em nosso
coração, anunciado na Lei do Amor, que supera aquela antiga visão
do espírito de raça e tribo, e por isso que Jesus ensinou a
estrangeiros, bem como era destinado a todos os povos, diferente da
antiga religião judaica. A Fraternidade estava anunciada, e um novo
tempo onde o amor é a lei, e onde não mais se sacrificariam
animais, a não ser aquele instinto interno do humano, que o faz se
assemelhar a animosidade.
Assim,
isso presentemente se mostra no equinócio de outono, onde a energia
material se reduz, e onde se dedica mais ao espiritual. A queda do
raio crístico mostra que Jesus ascendeu, subiu ao Trono do Pai, se
libertando da cruz da matéria, ou do materialismo. O curso atual dos
acontecimentos mostra o Cristo que é ressuscitado para o Pai. A vida
reduz sua manifestação, e toda a natureza reduz seu
desenvolvimento. O outono está aqui e agora, modificando nossas
vidas e mostrando a atividade de Cristo Cósmico.
Contudo,
nossa atitude mental se torna um pouco triste, haja vista as noites
estarem mais longas e o frio começar a aparecer. Diversamente, no
hemisfério norte vem a primavera, e assim Cristo questiona por onde
está o aguilhão da morte. Ele mata a morte. Porque é a água viva,
e assim uma fonte de salvação, ainda mais no deserto do mundo.
Deste modo, Cristo na primavera ressuscita os frutos, mostrando
também as rosas que florescem. E todo ano se mostra esse rito da
natureza para nos provar a presença do Verbo de Deus, que se mostra
através de transformações também vivenciadas em seu ministério
nesse mundo.
A
tecnologia e os laboratórios podem manipular partes exteriores da
vida, nunca criar a vida. Assim é com o ovo, que é um símbolo
cósmico da antiguidade, e que também está presente na cristandade.
Pode-se recriar um ovo, mas não a vida que surge. A vida em si não
está no domínio do homem. Mas a Cristo sim, e ele mostra que a vida
se transforma, e que tudo ressurge sob o seu domínio. Assim o
cordeiro é sacrificado, ou o que no céu se mostra pela constelação
de Áries. E em cada um de nós existe um sacrifício para a evolução
espiritual, que é daquela parte animalesca, a que hassidistas judeus
chamam de yetzer hará, a alma animalesca. E pela Lei do Amor
em nosso coração, podemos superar os instintos demoníacos e amar,
encontrando assim em comunhão com os justos ou santos.
Por
fim, devemos comemorar com gratidão a vida que nos é proporcionada,
nos tornando mais fraternos e amáveis, evitando discórdias, ódio,
apego material, inveja e tantos outros vícios de espírito. Subamos
também nós ao Trono do Pai e percebamos a Sua presença, sendo
pessoas melhores e construindo um mundo melhor, de justiça e
igualdade. Que esse momento faça o Sol que descansa, brilhar no Sol
interno que trafega no céu de nossa alma. Não apenas para comer
chocolate, mas para adoçar a nossa existência renovada. Possamos
renascer e estarmos em comunhão, para assim vivenciarmos o drama da
paixão e ressurreição.
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