Sobre
os ossos, a casa, o vaso e o coração, de acordo com a cabalá
“O coração
tranquilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos
ossos”. Prov. 14:30
“Naquele tempo, diz o
Senhor, tirarão para fora das suas sepulturas os ossos dos reis de
Judá, e os ossos dos seus príncipes, e os ossos dos sacerdotes, e
os ossos dos profetas, e os ossos dos habitantes de Jerusalém”.
(Jer. 8:1)
“examinará a praga,
e se ela estiver nas paredes da casa em covinhas verdes ou vermelhas,
e estas parecerem mais profundas que a superfície” (Lev. 14:37)
“Com a sabedoria se
edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece” (Prov.
24:3)
Existe
luz porque existe vaso, e assim é a carência que faz buscar o
Criador. Antes disso tudo se acaba envolvendo nas “Nações”, ou
seja, em desejos outros, como comida, dinheiro, sexo, prosperidade,
etc. Após isso surge uma busca por se questionar sobre a existência.
Logo, o ponto no coração. Não apenas ponto, mas um coletivo de
pontos, que são as 600000 centelhas da alma de Adão. Pois o Criador
fez um só, e este é “Adão”. Logo, a carência é o modo que se
encontra um meio para a construção do vaso, que pode receber a luz
do Criador: a oração. Adão foi o primeiro homem, ou seja, o
primeiro a descobrir a cabalá. Mas se quebrou os vasos, nos resta o
caminho da conexão e correção, para novamente voltar ao Criador (a
Ein Sof). Mas antes temos de amar os amigos, e isso cumpre o
resumo dos mandamentos: “Ama o teu amigo como a ti mesmo”.
A oração
é Malkut (Reino). Mas se desejamos chegar até o Rei, que é o
Criador, devemos passar por degraus ou graus. Isso mostra a
importância do grupo e dos amigos, e nos lembra da regra “ama o
teu amigo como a ti mesmo”, que resume as 612 mitzvot e a
Torá. Como ensinou Rabash, vemos nisso tudo um caminho e um método.
Pois a cabalá é a uma ciência. Mas como ler os textos da Torá (ou
Bíblia)? Sabendo que há uma linguagem de raízes e uma dos ramos.
Assim temos os textos cabalísticos. E para isso se torna judeu. Pois
Israel é iashar kel, é “vem e veja”. Uma vez que se
busca ao Criador, já se pode ser considerado como tal. Não é raça
e nem se resume a território, herança, nome, sangue etc. Abraão
formou um grupo para isso, e foram cabalistas.
E há
expressões da Bíblia que nos vêm repetitivas, como o tema dos
ossos. Seria uma mera analogia ou metáfora os ossos? A sabedoria da
tradição oral, no escrito chamado Mishna, nos mostra esse
significado. Os ossos se referem ao que foi dito: “em um ímpio, as
suas iniquidades estão gravadas nos seus ossos”. Logo é aquele
que não entende o amor de amigos, como foi dito antes. Pois os ossos
serão ainda usados na ressurreição, e triste de quem não os ter
preservados ou íntegros, nesse momento. Mas se refere também ao
branco, que é a Torá e os mandamentos (mitzvot). Assim não
se cumprindo isso, se marcaria ou adoeceria os ossos. Logo a
referência de Jó e tantos outros aos ossos se vê mais clara e
mostrando a importância. Também os ossos de profetas e patriarcas
serão encontrados no fim dos tempos, como está escrito. Também diz
a Mishna: “Quem testemunha por uma pessoa? As paredes de sua casa”.
Se refere as paredes de seu coração. Também casa se refere a
corpo. Se diz que Ezequias voltou sua face para a parede, e é sobre
isso que falava, para seu coração. E o testemunho é a boca, ou
mesmo pela língua, pois pelos pecados da língua surge a “lepra”
da casa. E a fé está acima da razão para aquele que busca o
Criador.
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