Ama
o teu amigo como a ti mesmo, mandamentos e temas de cabalá
“O amigo ama em todo
o tempo; e para a angústia nasce o irmão”. (Prov. 17: 17)
“Quem ama o dinheiro
não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do
ganho; também isso é vaidade”. (Ecle. 5:10)
“Aquele que tem os
meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”.
(João 14:21)
“e amarás o teu
próximo como a ti mesmo.” (Mat. 19:19)
“Aproximou-se
dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes
havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os
mandamentos? Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas
forças. E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses”. (Mat. 12:
28-31)
Nos
dias de hoje mais do que nunca necessitamos de apoio alheio. Seja na
situação profissional, seja em uma situação afetiva, e assim por
diante. Mas veio o Maschiah e revelou que a regra de amar o próximo
era de grande importância, dando grande destaque, juntamente ao amor
ao Criador. E amar com toda a alma parece complexo, uma fez que a
alma é a nossa parte espiritual, que se refere a eternidade. Fato é
que as duas regras estão claras, mas não parece bem uma ordem
estrita. Pois mais fácil talvez seja amar o próximo, pois
compreender o Criador e ter o ponto no coração é uma fase
posterior a socialização meramente humana ou instintiva. A conexão
vem assim com ambas as forças.
Mas
quem é esse próximo? Difícil a compreensão, e muitas vezes é
considerado apenas o irmão de mesma religião, ou qualquer pessoa. O
que parece nos revelar uma luz a respeito, é a cabalá, através de
lição de Rabash, na obra chamada “Os escritos sociais”, em
específico da tradução para a língua portuguesa. Aqui se fala em
“Ama teu amigo como a ti mesmo”. Nisso se resume os 612
mandamentos (Mitzvot). Pois através dessa regra se pode assim amar o
Criador. Uma vez que a conexão nos leva a reencontrar uma única
alma, quando éramos Um, em Adam haRishom, no paraíso. Pois não se
pode manter todos os mandamentos sozinhos, como o próprio revelou, e
as Escrituras revelam. Disse ainda resulta do poder da congregação
e do grupo para exercer a conexão. Os pontos do coração se reúnem.
Lições que complementam e clareiam isso ainda mais são do Rab
Michael Laitman.
Rabash
Outro
detalhe que se percebe é o egoísmo ou desejo de receber. Há quem
busque o Criador unicamente para enriquecer, para obter uma vantagem,
e não por amor do Criador. Eclesiastes fala dessa vaidade, e isso
derruba qualquer teologia da prosperidade e exageros religiosos que
vemos em igrejas. Pois tudo se faz ao Criador.
Michael Laitman
Deste
modo, o caminho é renunciar o amor próprio e ter amor pelos outros.
Assim superar o desejo de receber e ir no sentido do desejo de doar.
E o que significa justo? Trata-se daqueles que pretendem cumprir a
regra: “ama a teu amigo como a ti mesmo”. Todos os mandamentos
estão contidos nessa regra. E não se trata de não mais cumprir
mandamentos, como alguns entendem. Como lembra João em capítulo
quatorze, versículo vinte e um. Claro que a fé é elemento central,
juntamente ao temor (ao Criador). Pois isso leva a adesão com o
Criador, e assim a equivalência de forma. E “o propósito da
criação pertence a todas as criações, sem exceção”. E ama o
teu amigo está contido na regra de fé. Mas por outro lado, há quem
apenas se preocupe com o próximo por causa de dinheiro, e isso é
uma vaidade e um erro. O mesmo se diga em relação ao Criador, onde
tem o elemento temor. Por tudo isso que o caminho da verdade deve ser
indicado, não forçado. Resta o livre arbítrio, ou buscas menores,
que não revelam o ponto no coração, mas que estão mais vinculados
a desejos outros, como dinheiro, gula, prazeres do corpo etc, antes
de se chegar a buscar a espiritualidade.
Fontes:
Bíblia Sagrada –
versão ebook Almeida
Os escritos sociais –
Baruch Shalom HaLevi Ashlag (tradução Departamento da Língua
Portuguesa de Bnei Baruch)
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