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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tábuas da lei

 Tábuas da lei


Um dos dois Talmudes diz que o mundo teria em torno de 6000 anos, e, que 2000 seriam de caos, 2000 de império da Lei e 2000 antecederiam o Messias. Também há um comentário dos sábios judeus que as pedras da Lei de Moisés teriam 6 palmos por 6 de tamanho. Junto às tábuas da Lei estava a cabala, que foi passada por tradição oral. Disse Westcott: “Sólo hay dos leyes para los judíos; Una, la de Moisés, y otra los dichos de la Kabalah”. No Zohar, livro essencial dos cabalistas, há uma menção de que já Adão, bem como Noé teriam recebido um livro do Eterno, o que nos faz pensar em algumas regras. Contudo é da opinião de Jacob Böehme sobre Adão: “Ele não tinha lei, senão aquela da imaginação e do desejo” (A Encarnação de Jesus Cristo). Por isso se relacionou com a serpente e adveio a queda (do mundo espiritual do paraíso). As regras dadas a Moisés parecem ter grande sintonia com as “42 Leis de Ma’at” egípcias, bem como antigas leis chinesas e mesmo as leis de Manu. Mas as regras dos costumes regulavam o dia-a-dia judeu, pelos 613 mandamentos. Contudo, o que importa ao Pai é a boa obra e a fé, bem como arrependimento dos pecados. Tanto é que Cristo apenas falou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração, espírito, forças e alma e ao próximo como a nós mesmos (Mar. 12: 28-33). Não devemos nos preocupar com o que comer ou vestir. Por isso o Evangelho é para o mundo, não para uma cultura ou costume. A Lei de Deus é para o Novo Homem, para aquele que está regenerado, ou é semelhante aos pequeninos ou crianças. Não quer dizer que se deva ser infantil, mas que se deve procurar a Lei na essência, o espírito da Lei. Para tanto, deve-se ser bom pastor ou uma boa ovelha. O que é mau não mais servirá. O Sábado foi um presente divino para o homem, não um meio de escravizá-lo. Sábado ou domingo, tanto faz. A Lei é o amor, o amor desinteressado. A Lei é espiritual e o que importa é o progresso espiritual. Disse Louis Claude de Saint Martin: “Todas as nossas obras deveriam ser apenas o cumprimento vivo e efetivo de um decreto divino pronunciado em nós, como a nossa existência é o cumprimento contínuo do nome sagrado que nos produziu e nos produz continuamente” (O Novo Homem). Somos o cumprimento desse nome, desse tetragrama (IHVH) que É todas as coisas, a sua lei. Não importa o que vestir ou comer, mas é ruim aquilo que sai pela boca, quando ofende. O corpo é apenas uma roupagem do nosso Espírito e Alma. A Alma é do Pai, é imutável. Se um dia caímos pelo abismo, podemos retornar pelo solar Cristo, pelo que ilumina e vivifica. A Lei apenas reflete o progresso da humanidade através das eras, através dos metais. Tudo já foi perdoado e pelo guia (Paráclito) não se pode mais pecar, se desviar da virtude. Basta fazer o que é bom, buscar a verdade, a felicidade de todos. A lei é para os homens, não os homens para a lei. O senhor veio para libertar, não escravizar, e isso representa o povo hebreu no êxodo egípcio. O Eterno assim alimentou com pão do céu, e, também alimentou o espírito com a Lei, dando-a através do sábio Mosheh (Moisés). Lembrou Pico della Miràndola: “Todas las letras de la ley manifiestan los secretos de las diez numeraciones en sus formas, conjunciones, separaciones, tamaño, coronación, clausura, apertura y orden”. Refere-se o cabalista cristão as dez emanações ou sefiras da árvore da vida cabalística. Mas fizeram um ídolo, um touro, deixaram a lei de lado (pela lei antiga do signo de Touro), esquecendo da lei nova. Veio então ainda o Mashiah para salvar, para dar a boa nova, ensinar Cabala. A verdade assim se opôs a ignorância do mundo, a teologias equivocadas. O espírito da letra estava revelado, vivificando a mesma letra. Essa letra é a lei. Mas sobre Moisés e as tábuas da Lei, ainda nos lembra Saint Martin: “Eis as tábuas famosas que Moisés portava em suas mãos, descendo da montanha! Uma na mão direita figurava a lei que o eterno animou no ser menor espiritual Divino, e aquela da mão esquerda figurava a lei que ele animou na forma, para constituí-la em força durante o tempo de seu curso temporal” (Instruções aos Homens de Desejo). A lei para ser cumprida tem de ser uma lei interna, que envolve o coração. Mas a maioria das coisas opera por leis do Cósmico e que são automáticas.


Louis Claude de Saint Martin – O Novo Homem

Louis Claude de Saint Martin – Instruções aos Homens de Desejo

Jacob Böeme – A Encarnação de Jesus Cristo

Winn Westcott – Los números: su oculto poder e místico significado

Êxodo 20

Levítico 19

Simão ben Jochay - Zohar

Giovanni Pico della Miràndola – Conclusões mágicas e cabalísticas

2 comentários:

  1. Está escrito no Gênesis que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Da criação do mundo até Abraão 2.000 anos de Abraão até Cristo 2.000 anos, de Cristo até nós hoje 2.000, o que fecha 6.000. Lembrando que para Deus "um dia é como mil anos e mil anos como um dia". Logo virá o sétimo milênio, o sétimo dia, o dia da consumação. Muito obrigado pela mensagem, Mariano. Respeitosamente, CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY

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  2. Bom dia amigo.. esses tempos são simbólicos.. logicamente.. mas nos servem de saberes a compreender verdades eternas.. abraço

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