Velha
Aliança e regras do sacerdote e diferenças entre versões bíblicas,
unção de cura e Jesus que cura
“Disse
mais o Senhor a Moisés: Fala a Arão, dizendo: Ninguém dentre os
teus descendentes, por todas as suas gerações, que tiver defeito,
se chegará para oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem que
tiver algum defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de
nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos ou homem que
tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, ou for corcunda, ou anão,
ou que tiver belida, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo
lesado”; (Lev 21: 16-20 – João Ferreira)
“ou
tiver as sobrancelhas muito crescidas, ou catarata, ou traço no meio
do seu olho... ou testículos triturados” (Lev. Vaicrá) 21:20 –
Bíblia Hebraica)
“testículos
quebrados” (Versão Ave Maria)
“de
nariz fendido... franzino” (Lev. 21:18-20 – Versão Torre de
Vigia)
“escorbuto”
(versão Targun de Onkelos)
“Está
doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre
ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido
pecados, ser-lhe-ão perdoados”. (Tiago 5:14)
“Mas
é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do
coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém
dos homens, mas de Deus” (Rom 2:29)
“Disse-lhe
Pedro: Enéias, Jesus Cristo te cura; levanta e faze a tua cama. E
logo se levantou.” (Atos 9:34)
Vemos
que a regra de santidade do sacerdote demonstra um rigoroso critério,
e que na Antiga Aliança isso era mais exterior. Observamos a crítica
já nas cartas paulinas, bem como em Atos, que nos revelam que a
tradição e costumes veem muitas vezes de encontro ao que é a
finalidade exigida pelo Senhor (Yahu).
Quando Yehoshua
(Jesus) veio com seu saber talmúdico, transformou e interpretou
essas regras, procurando sua razão (ratio
legis)
e seu espírito (mens
legis),
de modo a fazer a vontade do Pai (Celeste). Os seus discípulos mais
próximos, os Apóstolos ou Talmidim assim aplicaram o que era
ensinado pelo mestre, apesar de não terem todos os dons do mestre.
Assim na Antiga Aliança se observava muito o critério do exterior,
e na Nova Aliança se vê o interior. Isso apenas implica numa
transformação e aprimoramento da Lei (Torá), não a exclusão
total daquilo que os mestres judeus faziam, nem de um povo em
específico, seja o grego, ou seja o judeu, desde que cumprisse a lei
e que acreditasse no Machiach
(Yehoshua-Jesus).
Jesus
não era da linhagem de Levi (Sacerdote), mas sim de Davi. Mesmo que
tivesse ambas as linhagens, fato é que se percebe uma simplificação
das coisas, e a Lei não é revogada, mas se cumpre de modo
diferente. Em João Batista vemos talvez um outro messias, e assim
compreendemos de porque existirem histórias de um sósia, o que é
divulgado em alguns meios mais céticos e que tentam combater a
missão do mestre Jesus e de sua lição espiritual. Claro que o
sacerdote tem de ser um exemplo, e que o aspecto corporal é não por
discriminação, mas porque ele representa o Senhor, ou a ponte até
o Altíssimo. Assim há quem fale que o cristianismo não pode cobrar
o dízimo, por não ser Jesus da linhagem de Levi. Por outro lado, se
percebe alguma forma de contribuição ou venda de livros. Fato é
que a finalidade social e a manutenção de um local de estudo, de
uma eklesia,
não implica em algo que prejudique a divulgação do que ensinou
Yehoshua.
Mas
pode receber o pão, diz o livro de Levítico (Vaicrá). Assim fica
claro que o doente encontra a cura na Palavra de Deus, e que mesmo
não esteja totalmente transformado exteriormente, é bom que esteja
interiormente, que esteja com sua circuncisão no coração. E também
do judeu é exigido esse contato íntimo com a Lei, e com aquilo que
o identifica como especial. Jesus era circuncidado. Outros de seus
discípulos também, muitos defendendo essa regra até depois do
mestre ressuscitar e partir. Fato é que percebemos em livros como o
de Tomé (dito apócrifo), que regras essas, bem como referente a
jejum e outras não eram para se fazer aparecer para o mundo, mas sim
para IHVH (Deus).
As
diferenças de tradução são interessantes porque vemos os
conhecimentos médicos da época, bem como nomes de doenças e tudo
mais. Achei interessante o termo escorbuto, que vi na Bíblia em
Aramaico (Targun), e as diferentes expressões que aparecem em
diversas Bíblias, como da Católica e da Testemunha de Jeová, com
pequenas diferenças. A Bíblia hebraica faça em sobrancelhas
crescidas, o que não vi noutras, e ainda na expressão “triturados”,
que achei curiosa. Fato é que o sacerdote tem uma função política,
e vemos até hoje se procurar pessoas afeiçoadas para aparecerem em
público, e apesar que está mudando essa concepção. Em certas
confrarias também não se admite alguém com uma deficiência
física. Fato é que com Jesus importa mais o interior, seja jejum,
circuncisão, seja mesmo a Lei, e então vemos que o perdão dos
pecados é essa transformação, essa conversão e batismo de água,
e fogo. E Cristo levanta e cura, e assim o que importa é a salvação,
e a velha natureza é abandonada, para que nasça uma nova natureza,
um Novo Homem, esse sim capaz de habitar o Reino.
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