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sábado, 29 de novembro de 2014

Óleo de Samuel, sangue de Abigail, o Senhor desenhista e sete profetizas


Óleo de Samuel, sangue de Abigail, o Senhor desenhista e sete profetizas






Então Samuel tomou o vaso de azeite e ungiu-o no meio de seus irmãos, e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi.” 1 Sam 16:13 (versão João Ferreira de Almeida)


tomou o chifre de azeite e o ungiu no meio de seus irmãos, e o espírito do Eterno repousou sobre Davi daquele dia em diante” (idem, Bíblia Hebraica)


tomou o corno de óleo (…) o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi” (idem, versão Ave Maria)


tomou o chifre de óleo (…) e o espírito de Jeová começou a tornar-se ativo em Davi” (idem, versão Testemunha de Jeová)



E bendito seja o teu conselho, e benditas seja tu, que me impediste de derramar sangues e de vingar-me hoje pela minha própria mão!” (1 Sam 25:33 – detalhe em Talmud)

 

Sucedeu que, andando ela montada num jumento, desceu pelo encoberto do monte” (1 Sam 25:20 - João Ferreira)


encosta do monte” (idem, Bíblia Hebraica)


por um caminho secreto da montanha” (idem, versão Ave maria)


parte oculta da montanha” (Talmud)


descendo o monte às escondidas” (Testemunhas de Jeová)






Mais uma vez vamos refletir sobre as diversas versões da Bíblia, de diferentes grupos e entendimentos. Também trazemos aqui uma reflexão sobre a profetiza Abigail, que é umas das 7 profetizas do Antigo Testamento, e que na sua passagem pela montanha a fim de impedir Davi de derramamento de sangue, mostra uma simbologia que apenas no Talmud parece se revelar. Também uma passagem sobre o Senhor parece revelar pelo hebraico o ato de desenhista, Dele em relação as criaturas. Abigail não escondia-se nas montanhas, mas escondia algo nela mesma, em seu corpo. Fato é que cada dia vemos mais o quanto é maravilhoso o Texto Sagrado que temos em mãos.




Samuel ungiu Davi com o espírito (Santo), e assim o sopro estava com esse último. Davi ainda teria sido ungido pelos homens de Judá e de Israel. Fato é que ao se ler as diferentes versões da Bíblia, se percebe os detalhes de tradução, de modo a refletir mais a fundo. Percebe-se que se ao traduzir chifre, ou não falar desse corno, ou em se falar de vaso, muda sobremaneira a simbologia. Porque se isso se referia ao reinado, sendo o vaso mais frágil, o reinado tende a não durar, e sendo pelo chifre, o reinado se torna duradouro. E sobre esse Espírito, fato é que parece antecipar o Messias, que significa Ungido, ou Cristo, e assim revelar mais da missão dos homens justos de Deus. Não fica muito claro pelas traduções, se isso se deu por uma possessão, por uma inspiração, uma voz, mas o termo “apoderou”parece se repetir. Apesar que a Bíblia Hebraica fala repousou, o que se torna mais sutil e tranquilizador, diferente de estar talvez cheio de Espírito Santo, como depois se vê em pentecostes. Logo em 1 Samuel 2:1 se lê: “o meu chifre está exaltado no Senhor”, e não “o meu jarro está exaltado no Senhor”. No geral aqui também se traduz meramente como “poder”, o que leva a perder esse contexto.

 
 


E nas passagens que se referem ao Senhor como “rocha”, acaba por semelhança de termos em hebraico (tsur) se falar em desenhista (tsaiar), de tal modo que podemos pensar no Criador como tal. Assim se diz no Talmud (Megulá Nikrét 14A): Mas o Santo, bendito é Ele, desenha uma figura dentro de outra figura e a dota de alento, alma, partes internas e intestino”. Assim se percebe a gestação da mulher, e ao mesmo tempo a criação ideal de um homem como Adão, feito a partir do barro, como um golem ou boneco. Já tratei do assunto ao comentar o livro Gênesis, em minha obra Bíblia e Misticismo, onde Deus teria antes criado na cabeça, em ideais, para depois materializar a Criação. Assim teria sido um desenhista, apesar de Seus desenhos, diferentes dos nossos, ganharem vida.


 
 

Já no caso de Abigail e de seu caminho oculto na montanha, para se evitar derramamento de sangue é uma referência ao seu estado Nidá, ou seja, a menstruação. Nesse estado, um sacerdote deve analisar o sangue, o que era prática, para ver se estava dentro de uma das 5 tonalidades. Em estado de Nidá, ela ficaria proibida de ter relações com o marido. E assim ele não poderia, pela Lei, julgar isso a noite, assim como não poderia julgar sobre uma pena capital (derramamento de sangue). Para tanto, a melhor tradução do capitulo 25, versículo 33, de primeiro Samuel, seria “sangues”, no plural, uma vez que se refere a duas formas de sangue, de acordo com Talmud. No mais ela não parece ter se escondido, como sugere outra tradução, e nem se preocupado com sombras das montanhas, mas ela ocultava nela mesma, em seu íntimo, esse segredo. E se tornou bendita. Uma das sete profetizas, ou seja: Sara, Miriam, Débora, Chaná, Ester e Chuledá.








2 comentários:

  1. Caro Mariano, as suas análises em muito nos auxiliam na reflexão sobre os atos e fatos descritos no Livro Sagrado Hebreu, o Pentateuco. Forte Abraço. Ingo Rusch Alandt

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