CASAMENTO
OBRIGATÓRIO, CIDADES DE REFÚGIO, ANJO DE ROMA OU SAMAEL, 11
MANDAMENTOS DE DAVI E VOZ CELESTIAL
“O
homem que se deitou com a moça dará ao pai dela cinqüenta siclos
de prata, e porquanto a humilhou, ela ficará sendo sua mulher; não
a poderá repudiar por todos os seus dias”. (Deu. 22:29)
“Para
que o vingador do sangue não persiga o homicida, enquanto estiver
abrasado o seu coração, e o alcance, por ser comprido o caminho, e
lhe tire a vida, não havendo nele culpa de morte, pois que dantes
não odiava o seu próximo. Pelo que eu te deu esta ordem: Três
cidades designarás para ti”. (Deu. 19:6)
“Quem
é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestiduras tintas de
escarlate? este que é glorioso no seu traje, que marcha na plenitude
da sua força? Sou eu, que falo em justiça, poderoso para salvar”.
(Isa. 63:1)
“Quem,
Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?
Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do
coração fala a verdade; que não difama com a sua língua, nem faz
o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta”.
(Sal. 15)
“Vendo,
pois, Aitofel que não se havia seguido o seu conselho, albardou o
jumento e, partindo, foi para casa, para a sua cidade; e, tendo posto
em ordem a sua casa, se enforcou e morreu; e foi sepultado na
sepultura de seu pai”. (II Sam 17:23)
“Ele
lhes disse: O Senhor é testemunha contra vós, e o seu ungido
é hoje testemunha de que nada tendes achado na minha mão. Ao que
respondeu o povo: Ele é testemunha”. (I Sam. 12:3) “Reconheceu-os,
pois, Judá, e disse” (Gên. 38:26)
Ao
lermos a Bíblia, sempre encontramos alguns versos que exigem um
contexto, e algum complemento histórico ou jurisprudencial. As leis
tiveram sua aplicação. Esse é o caso de um fato que ocorreu no
citado em Deuteronômio 22:29, de modo que um estuprador ou que se
deitou com uma virgem, é obrigado a se casar com a moça, além de
receber chibatadas. Obrigado a casar e a não se divorciar. Essas decisões e casos estão explicados no
Talmude, em especial no volume sobre pena de morte e chibatadas,
chamado de Macot. Também devia pagar uma multa
ao pai da moça. Já em casos de assassinato, quando esse não
era voluntário, eram reservadas cidades de refúgio ao criminoso, o
que é citado em Deuteronômio 19:6, de modo que esse ficaria lá até
a morte do sacerdote que o condenou a esse exílio, ou perda da
condição de sacerdote. Mas veremos alguns aspectos místicos de
outros versículos, como relacionados a anjo, maldição e mandamentos
da Torá.
Antes
dos temas místicos, observemos as duras penalidades por pecados
presentes na Torá. Dentre as penas, estão multa, chibatadas, e
outras, ficando a pena de morte como uma opção. Se deve levar em
conta o contexto e momento histórico, e necessidade dessas penas e
regras. Mas de interesse é que se não aplicada a pena de morte,
existe a “pena de morte celestial”, onde a pessoa seria condenada
por Deus a ter uma vida curta e sem filhos. Essa penalidade acaba se
relacionando a um aspecto mais espiritual, que corporal. Outro
detalhe é que existem penas severas para quem desrespeita as regras
do Templo e de sacrifícios, como por exemplo em se ingerir uma carne
sagrada, esta destinada a sacrifício para Deus. No geral as penas
são de chibatadas, em torno de 39, mas variava de acordo com o que o
apenado poderia suportar, e assim se ele por exemplo fizesse suas
necessidades nas calças, era interrompido o ato de chibatada. Se no
caso fosse uma mulher a penalizada pelos pecados, se ela urinasse,
poderia ser também interrompida a punição. Existem diversos casos
e situações onde há a punição ou não, e em minúcias descritos
no Talmude. Já o caso de exílio, numa das cidades destinadas a
isso, era para que o homicida involuntário não fosse vingado por
parentes do assassinado, e mesmo porque era direito deles essa
vingança. Para evitar isso se criou o exílio, inclusive para
convertidos.
Mas
em Isaías, no capítulo 63, se fala em alguém que vem de Edom,
manchado de sangue. Na verdade, se está falando de Deus e de um
anjo, o anjo ou ministro celeste de Roma, o qual estaria por analogia
mancharia o Messias de sangue, pois anjos não têm sangue, e esse
segundo Rashi, um dos sábios, é Samael. Para quem não sabe, Samael
é aquele que enganou Eva, ou seja, a serpente, e que cristãos
acabaram chamando de Lúcifer. Então, Deus estaria manchado de
sangue (ou o Messias) de Samael-Lúcifer, haja vista erros que esse
anjo cometerá na Era Messiânica (ou Milênio), e um dos erros seus
é se refugiar em uma cidade chamada Batsrá, mas como já vimos, ele
não é um assassino involuntário, logo não podendo se refugiar.
Sobre ele ser de Roma, é porque na literatura rabínica Roma está
relacionada com Esaú ou Edom.
Já
nos versículos citados acima de Gênesis e Samuel, seja da
descendência de Judá, ou da testemunha, se fala na verdade da Voz
Celestial, que “disse” isso, e não meramente um ato de fé ou
suposição. O mesmo se diga dos dois primeiros mandamentos do
decálogo, que foram ditos diretamente por Deus, em Voz Celestial.
Depois o povo pediu para que Moisés o falasse os outros, porque era
muito impactante a voz divina. Na passagem referente a Aitofel, essa
se refere a uma maldição, pois dizem que a maldição de um sábio
se realiza, mesmo feita sem intenção, pois nesse caso Eli disse a
Samuel comparando a morte prematura dos filhos. Pois os filhos der
Samuel não seguiram o seu caminho, conforme escrito em mesmo
capítulo (17 de II Sam.). E a área onde se matou Aitofel foi
destinada a construção do Templo. No mais, sobre os mandamento,
existe no Salmo 15 a referência a esses 11 mandamentos como
fundamentos de todos os demais, ou seja, dos 613. E a palavra Torá
soma 611, sendo que +2, aqueles ditos pela Voz Celestial, seriam
iguais a 613. Já, por fim, em Deuteronômio 27:11 e segs., se fala
nas 11 maldições que eram declaradas frente ao monte Eval.
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