O
REFÚGIO NA PALAVRA DE DEUS, O ESTUDO COMPARTILHADO, PORTÕES DE
JERUSALÉM E PROIBIÇÃO DE VAIDADE MASCULINA
“para
que se refugiasse ali o homicida que involuntariamente tivesse matado
o seu próximo a quem dantes não tivesse ódio algum” (Deut. 4:42
- Almeida)
“A
espada virá sobre os paroleiros, e eles ficarão insensatos; a
espada virá sobre os seus valentes, e eles desfalecerão”. (Jer.
50:36 - Almeida)
“Uma
espada aponta sobre os que se ufanam e se entontecem” (idem, Bíblia
Hebraica)
“Uma
espada aos solitários, e se tornarão ignorantes” (idem, Talmud
Bavli: Macot, Elu Hen Hagolin, 2, 10A, p. 118)
“Os
nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém!”
(Sal. 122:2 - Almeida)
“dentro
dos teus portões” (Talmud Bavli: Macot, Elu Hen Hagolin, 2, 10A,
p. 120)
“Não
haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de
mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu
Deus”. (Det. 22:5)
“Não
vestirá um homem a roupa de uma mulher” (Idem, Talmud, p. 233)
Naturalmente,
ao se perguntar atualmente a uma pessoas sobre algum livro que ela
está lendo, certamente a resposta será muitas vezes: A Bíblia.
Seja na busca de algum auxílio espiritual, em orações, em um
estudo ou mesmo por um conhecimento em primeira leitura, fato é que
há a importância nessa meditação. Mesmo com a
variedade de Bíblias atuais, como em letra grande, de estudos, da
mulher, do bebê e uma série de outras Bíblias, certo que há
sabedoria e mais ainda nesse livro: uma proteção. Por isso que no
Talmud se fala que a Torá (parte da Bíblia) é um refúgio que
protege do anjo da morte. Também se fala que
nessa leitura ou estudo se deve compartilhar, seja em dupla ou em
grupo, e não estudar sozinho. Ademais, se trata de que isso se trata
de portão para Jerusalém, essa leitura especial da Torá. Também
se fala em um capítulo que talvez erroneamente muitas vezes
interpretado, que é sobre as roupas e seu gênero.
Vimos
em capítulo anterior o tema do refúgio do assassino quando ele fez
o crime de forma involuntária, o que em nossa lei seria o homicídio
culposo. Mas isso tem um sentido também espiritual. Quando se estuda
a Torá ou Bíblia (parte dela), se está também protegido contra o
anjo da morte, como ensina o Talmud. Assim um sábio tinha sua boca
sempre estudando, e assim o anjo da morte não poderia chegar até
ele. Por isso podemos falar que a Palavra é uma palavra da vida e
dos Vivos (espiritualmente). Também a cidade de
refúgio é para o período onde não está estudando a Torá, para
que haja proteção contra esse anjo da morte, que seria análogo ao
homicida. Logo a leitura da Palavra de Deus fornece uma proteção
especial.
Outro
detalhe é que esse estudo da Bíblia não deve ser solitário, mas
sim compartilhado e se possível até em dupla. Logo, um professor da
Palavra Sagrada não deve ensinar um aluno sem caráter, ademais.
Também se trata tolice uma pessoa querer ensinar a Torá sem ter o
devido preparo. Se trata de uma espada de dois gumes, ou seja, uma
espada no pescoço de quem estuda a Torá isoladamente. Logo, se
torna tolice descartar a opinião dos sábios, e mesmo de quem já
teve muita luz sobre sua Bíblia, e assim serve para quem estuda.
Compartilhar parece a chave desse segredo. Por consequência, esse
estudo é o portão para Jerusalém (que se pensando no Zohar, seria
também Jerusalém Celestial), e para a entrada de uma sala de
estudos. Pois em um grupo surgem tantas questões que um professor
tem de aprofundar cada vez mais. A palavra
hebraica para porta ou portão aqui é “shaar”, que tem alguma
relação com assuntos discutidos ou estudados. Por
isso que o Rabi Yehuda Hanassi
disse que aprendeu muitos com seus mestres, mais que dos seus
discípulos aprendeu mais do que todos.
Por
fim, como estamos em época de Carnaval, muitos homens se vestem de
mulher e vice-versa, o que é proibido na Torá. Mas essa não se
refere a homossexualidade, mas sim a vaidade masculina, que seria
proibida, uma vez, segundo Talmud, uma característica feminina. Se
fala também da proibição de certos cortes de cabelo, e vemos
parece que mais nos ortodoxos essa regra ser seguida a risca. Fato
é que um autor de Bíblia de
estudo, Mathew Henry, disse que esse versículo
serve para combater a idolatria relacionada ao culto e festival de
Vênus, que envolvia essa troca de roupas entre homens e mulheres.
Mas pela situação de imoralidade, parece. E no
carnaval parece que nem é tanta a prática, apesar de ficar essa
proibição clara. Mas a novidade fica pela
proibição da vaidade ou de excessos ao gênero masculino.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBelo texto bíblico. Amo ler.
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