Orações
místicas com os Salmos e “simpatias” bíblicas
“Confia
no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás
em segurança. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o
que deseja o teu coração”. (Sal. 37:3-4) – Para receber graças
no casamento
“Eu,
porém, faço a minha oração a ti, ó Senhor, em tempo aceitável;
ouve-me, ó Deus, segundo a grandeza da tua benignidade, segundo a
fidelidade da tua salvação. Tira-me do lamaçal, e não me deixes
afundar; seja eu salvo dos meus inimigos, e das profundezas das
águas”. (Sal. 69:13) – Para uma cirurgia complicada
“Se
não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se
levantaram contra nós, eles nos teriam tragado vivos, quando a sua
ira se acendeu contra nós”. (Sal. 124:2) – Para superar as
dívidas
De
uma prática que nasceu com Santo Arsênio da Capadócia, monge do
século IV, bem como revelando uma influência da cabala judaica,
usando dos salmos como meio para a intercessão divina na solução
de problemas, seja de saúde, amor, dinheiro etc, e assim oferecendo
uma ferramenta ao cristão. Também popularmente vemos a Bíblia
ser usada em verdadeiras “simpatias”, faltando uma expressão
mais compreensível para a ritualística que se envolve o pedido ao
divino. Mas sobre o poder da oração, até a ciência o confirma.
Fato é que há sempre uma forma especial de se proteger e de buscar
ao divino, sendo mais louvável que antes se agradeça pelo que já
se possui. Contudo, nada impede que se peça algo nos momentos de
dificuldade.
Os
salmos são muito especiais, e uma fonte ampla para as orações.
Seja para qual problema for, neles se acha o meio e a chave de
solução. Mas na Bíblia há várias formas de atos ou ritualística
que vêm com a fé do povo de Deus, seja através de se bater com
bastão em uma rocha, em se construir cabanas que servem de templo,
ao atravessar o Mar Vermelho, nas batalhas onde se estava antes em
desvantagem, e em muitos outros fatos. Parece que em todos esses
atos, a fé era o essencial. E uma sintonia com o divino, com a
Presença Divina, aproximando assim Seu sopro ou Espírito Santo. E
isso é para o crente, não estando mais em um ministro da fé,
apesar da função importante desse ministro. Vemos que muitos usam
disso e pedem muito em troca, o que não se assemelha ao feito por
Cristo e os apóstolos.
Fato
é que cada cristão tem seu poder, ou recebe essa graça de Deus. O
meio que isso é conquistado pode ser do seu modo, e uma ritualística
pode ser simples e prática. Assim, muitos exemplos podem aparecer.
L.P. Baçan cita muitas “simpatias” bíblicas em uma obra sua com
título homônimo. Assim, para se garantir uma colheita, se acende
uma fogueira e nela coloca os primeiros frutos, conforme Levítico
2:11, colocando nela sal grosso, azeite e incenso, para que a fumaça
suba até o céu. Para quem deseja ir bem em vestibular ou concurso,
pode meditar no livro Sabedoria, 6:13. Para vários problemas e
proteção, se pode se invocar a ajuda do anjo da guarda,
adaptando-se o Mateus 4:6: “Confiou Deus ao seu anjo o cuidado de
mim e ele me tomará nas mãos, para que eu não tropece com meu pé
na pedra”. Vejo em vários grupos mensagens combatendo a inveja o o
olho gordo. Assim, encontrei uma contra a inveja, onde se diz para
colocar o nome das pessoas em um pote de barro, e colocá-lo por 40
dias sobre uma pedra. Passado o prazo, se pega uma vara de ferro e
quebra o vaso, recitando Salmo 2:9. E assim existem outras. Se pode
fazer apenas a oração e visualizar essa ritualística, ou mesmo
apenas se recitar o salmo.
Fato
é que frente a práticas medievais e muito antigas, e mesmo cristãos
ainda estarem envoltos dessas coisas, tiveram de adaptar a sua fé.
Hoje não vemos mais muitas dessas “simpatias”, mas mesmo em
igrejas há a prática de colocar água, nomes, fotografias e muitas
ritualísticas para contato com o Senhor. Possivelmente em muito
essas adaptam uma teurgia, e assim se assemelham ao que sempre foi
feito, algumas práticas até descritas na Bíblia. Muito disso foi
afastado ou simplificado com Jesus, que se importou mais com o
essencial. Também as condições e mesmo os materiais são cada vez
mais raros, e assim resta a fé e a oração como meios mais
acessíveis. Cada um pode assim usar de sua fé e contato com o
divino, não sendo obrigatório que isso dependa de intermediários,
apesar de que com eles se aprende. Fato é que na Bíblia está muito
mais do que se imagina.
Muito importante isso, de que com fé, independe de intermediários para se ter um encontro com Deus.
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