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sexta-feira, 22 de maio de 2015

O adultério ontem e hoje e seu aspecto contextual


 
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“Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”. (Ex. 20:14-17)

“Aos juízes não maldirás, nem amaldiçoarás ao governador do teu povo”. (Ex. 22:28)
 
“Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome?” (Prov. 6:30)

“Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.]” (Mat. 19:9)
 
 
Recentemente eu lia São Tomás de Aquino e achei um volume do livro sobre a gravidade dos pecados, comparando a Bíblia e diversas fontes, como teólogos e filósofos. Nesse curiosamente vi um a respeito do adultério, ou da traição de casamento, e assim descobri algo curioso a respeito da gravidade do pecado ou crime: que o adultério é mais grave que o roubo. O nosso Código Penal também tinha artigo para a punição até anos atrás, mas acabou que pelo desuso foi revogado em 2005, em seu artigo 240. Mas isso me fez pensar na sociedade que quer massacrar políticos corruptos, que tenta linchar um ladrão de galinhas na rua e que ao mesmo tempo esquece do seu pecado, muitas vezes tido até por piadas e justificativas com a pseudomodernidade. Até onde a história evoluiu e estamos certos em condenar e em não ser condenados?
 
 
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Na Bíblia temos já em livro de Êxodo e mesmo em Levítico as regras de punição e regulação de um comportamento que evite esse adultério. Nos dez mandamentos, em capítulo 20, temos o “Não adulterarás” e para “não cobiçar a mulher do próximo”. Há inclusive a pena de morte para adultério. Até menos do que o crime de roubo, que hoje é tão combatido, haja vista apego com bens materiais, e em vídeos da internet há até linchamento de ladrões. A pena no artigo do código penal era de 15 dias eté seis meses de detenção, o que na prática acabaria em penas alternativas, como cesta básica e serviço a comunidade. Haja vaga para se cumprir a pena, se o artigo do código ainda valesse. Vemos com as piadas das novelas, a naturalidade que se trai nos dias atuais. Com relacionamentos e casamentos descartáveis, cada vez mais as pessoas traem como se estivessem comendo pastel ou um lanche em lanchonete. Pensam que tem tanta gente fazendo coisa mais grave, e que elas cuidam da vida delas, e ninguém tem nada com isso. O poder e o dinheiro fala as vezes mais alto que a honra e o caráter, tristemente. E isso que era prática de homens, acabou passando a ser também das mulheres.
 
 
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Disse assim São Tomás: “o adultério é mais grave pecado que o furto, conforme a Escritura: Não é grande culpa quando alguém furtar. Porém o que é adúltero perderá a sua alma por causa da loucura de seu coração”. Ele fez uma referência ao livro de Provérbios da Bíblia, no capítulo 6, versículo 30. E também disse: “o adultério é mais grave que o furto, por nos ser mais cara a esposa do que qualquer coisa possuída”. De certo modo, nesse trecho o pensador católico comparava os pecados carnais e os espirituais. Mas vale a nossa reflexão, uma vez que se pune hoje tanto ladrões e mesmo o presidente da república, e se brinca com as próprias infidelidades. Curioso comparar a modernidade, jeitinho brasileiro e mesmo o que diz a Bíblia em certa parte, onde se coloca como eternos os preceitos de Deus. Jesus punia ainda mais, ele achava adultério o segundo casamento e até a cobiça da mulher de outro. Mas as novelas e a moda mudou os costumes e cada um segue a sua felicidade. Também se torna um erro amaldiçoar presidente, com o ensinou a Bíblia: “não amaldiçoarás o principal do teu povo” (Êxodo 22:28)
 
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Por isso tudo vemos que jogar pedras é mais do que cômodo para o povo, mas que há um equívoco em se achar determinados pecados ou crimes como não mais existentes. Também que a modernidade justifica erros, e leva a muita confusão e a discursos de verdadeiras falácias. Mas há sempre a modificação dos costumes e uma visão contextual da lei. Vale que se repense a conduta e aprenda a perdoar, e a seguir o exemplo de Cristo. E que também se pense até onde se está fazendo adultério com Deus, quando de procura justificativas. Em outra sociedade a mesma pessoa que pratica a traição seria condenada severamente, como o furto por aqui.

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