“E
José ordenou a seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu
pai; e os médicos embalsamaram a Israel”. (Gên. 50:2)
“Depois
destas coisas disseram a José: veja, teu pai está enfermo”. (Gên.
48:1)
“Disse
alguém a Jacó: Eis que José, teu olho, vem ter contigo. E
esforçando-se Israel, sentou-se sobre a cama”. (Gên. 48:2)
“e
El-Shadai vos dê misericórdia diante do homem” (Gên. 43:14)
“Pela
manhã o seu espírito estava perturbado” (Gên 41:8)
“Ora
no segundo ano do reinado de Nabucodonozor, teve este uns sonhos; e o
seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono”. (Dan. 2:1)
Cada
vez que a Bíblia se abre mostra um universo. Em colaboração com
aqueles que já debruçaram sobre seus mistérios e detalhes, resta
assim um telescópio de compreensão. Detalhes ficam ocultos nos
números, na pronúncia, equivalência em língua hebraica em
diferentes partes da Bíblia. Também personagens que parecem
diferentes podem ter grande semelhança, como o Faraó a que
interpreta os sonhos José, bem como Nabucodonosor. Também Jacó
teria um mistério em seu corpo, após a morte, e uma semelhança
grande com José. E muitos acreditam na felicidade como condição
para afirmar sua religião, o que gera uma questão.
Uma
prática que foi efetuada por José em relação a Jacó, ou seja,
seu embalsamamento é muitas vezes passado em branco. A prática era
pagã e não aceita na lei mosaica. Mas então porque os filhos de
Jacó o embalsamaram, sendo essa uma prática contra a lei? Para a
lei judaica se deve permitir que o corpo se decomponha naturalmente,
sem impedimentos. Mas no caso, explica o Or Hahaim: “posto que o
corpo dos virtuosos perfeitos jamais se decompõem, José temeu que
os egípcios, cativados pelos tal fenômeno, chegassem a deificar e
idolatrar o corpo de Jacó”. Para salvar assim seu pai dessa
desonra, assim ordenando o embalsamamento, para os egípcios
acreditarem que esse estado incorrupto do corpo de Jacó se devesse
apenas ao embalsamamento. Casos semelhantes ocorreram com santos
cristãos, ao longo da história, de seus corpos incorrutíveis.
O
capítulo 48 do Gênesis esconde uma numeração que passa
despercebida, em não se observando o hebraico. Ensinou assim Gaon de
Vilna, que José ao visitar o pai enfermo, Jacó, tirou 59 partes de
sua doença. Isso porque a palavra cama, mitah em hebraico
soma 59. Pois ensinavam os sábios que quem visita lhe tira a
sexagésima parte da doença. E outro ensinamento é que há uma
semelhança oculta entre José e Jacó, pois ambos nasceram sobre o
mesmo signo zodiacal. A doença estaria no apogeu ao nível 60. Pois
a palavra “veja” (nine), soma 60. Assim a enfermidade de
Jacó se viu diminuída com a visita de José, numa prova matemática.
Já
em tom linguístico, em Gênesis 41:8, o faraó em seu espírito
estava perturbado com os seus sonhos, em hebraico vaTipaem.
Mas Nabucodonosor, em Daniel 2:1, estava duas vezes perturbado, pois
a palavra em hebraico está escrita com dois tau, sendo assim
vaTiTpaem. Isso porque o
faraó conhecia o sonho e sua interpretação, mas Nabucodonosor não
conhecia nem o sonho, e nem a sua interpretação. Assim estava
duplamente perturbado porque havia dois tau
na palavra perturbado.
Jacó
fez uma bênção aos seus filhos, antes desses retornarem para o
Egito. Assim disse as palavras divinas El Shadai, traduzidas
por Todo Poderoso. O nome se refere a todas as dificuldades que teria
passado Jacó ao longo de sua vida. Assim foram suficientes. Pois
Shadai significa também “suficiente”. Pois as suas
penúrias foram suficientes. E sobre a felicidade, ela não é um
mandamento. Isso lembra Jesus (Yeshua) descrito pelo soldado
romano, o qual seria visto muitas vezes chorando, mas nenhuma
sorrindo. A felicidade pode ajudar a cumprir mandamentos, mas não é
um mandamento.
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