“Todo
o povo viu as vozes” (Ex. 20:15 – Midrash)
“vós
vistes que do céu falei” (idem – Bíblia Hebraica)
“todo
o povo viu o som da buzina” (Bíblia em Aramaico)
“se
ele tornar a levantar-se e andar fora sobre o seu bordão, então
aquele que o feriu será absolvido; somente lhe pagará o tempo
perdido e fará que ele seja completamente curado”. (Ex. 20:19 –
Almeida)
“deverá
prover-lhe com gastos médicos” (idem, Bíblia em Aramaico)
“Guardai-vos,
não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar
o monte será morto”. (Ex. 19:12)
“E,
tendo o Senhor descido sobre o monte Sinai...” (Ex. 19:20)
Cada
vez que se abre o livro da Bíblia se percebe um universo que se
desvela. Porque um livro é um novo mundo, ainda mais um livro com
lições espirituais. Jesus teve uma vida traçada na Bíblia,
naquele messias que era esperado. Moisés foi também conhecido pelo
que estava na Bíblia, e mesmo foi autor de muitos livros desta.
Também lugares santos foram descritos na Bíblia, como o monte
Sinai, onde teria sido entrega as Tábuas da Lei. Ademais, a Bíblia
também tem regras variadas, dentre seus 613 mandamentos. E algo
especial aconteceu durante a entrega dessas tábuas da lei. Fato é
que a sabedoria está para quem a reconhece.
Antes
de se revelar aos israelitas, para lhes entregar a Torá, Deus se
revelou a todos os povos, se revelando aos descendentes de Esaú e
dos Ismaelitas. Assim revela o Midrash. Mas estes anteriores não
cumpriram as regras, ao passo que os israelitas disseram em
unanimidade: “cumpriremos e estudaremos”. Mas as tábuas da lei
foram entregues a Moisés no monte Sinai. Segundo Matthew Henry, em
sua Bíblia de Estudo, chama-se Sinai chama-se Sinai pela abundância
de arbustos espinhosos que o cobriam, e e era o maior de toda a
cadeia de montanhas. Questão que fica, e respondida no Midrash, é
de onde surgiu o monte Sinai? O Monte Sinai é um desprendimento do
Monte Moriá, o monte onde Abraão ofereceu seu filho Isaac. Disse
Deus que tendo em vista isso, é adequado que esse mesmo monte receba
seus descendentes a Torá.
Sobre
passagens que se referem a ferir escravos, ou mesmo matá-los, há um
detalhe muito significativo, que deveria ser estudado em cursos de
Direito, onde se fala em espécie de lucros cessantes, ou o que se
deixou de ganhar no trabalho, por ferimento, e em gastos médicos.
Sobre os gastos médicos, a Bíblia em Aramaico é mais específica,
sendo que outras falam meramente em “curado”. Trata-se de
indenização completa, muito semelhante a reparação atual dada por
tribunais, em nossa justiça. Mas há cinco conceitos hebraicos
fundamentais nesse caso: nézek (dano), tzaar (dor física),
ripui (gastos com internação, honorário, consultas médicas,
médico etc), shevet (lucro cessante), e por fim, bóshet
(dano moral). Então o que a tradição oral coloca de acréscimo na
escrita é esse detalhe médico, com gastos dele, e o dano moral.
Sobre
o povo e Deus falar a eles no monte Sinai, muitas bíblias descrevem
e confirmam. Mas houve um milagre e detalhe maior não notado, que
está em detalhe: o povo viu as vozes de Deus, ele literalmente viu
as palavras. Houve um silêncio absoluto, e assim a superação de
leis naturais. O sentido da audição foi literalmente substituído
milagrosamente pelo da visão. Não se trata de mera parábola ou
figura de linguagem, mas de realidade. Isso está descrito no
Midrash. Também a Bíblia em Aramaico, ou Targum, fala que o povo
viu o som das buzinas.
E
sobre os deficientes, ao sair no êxodo, o povo hebreu tinha algumas
deficiências por causa dos trabalhos escravos no Egito. Pois por
trabalhar com tijolos, estes caiam de alturas e acabavam por amputar
uma mão ou pé. Mas vendo isso Deus, antes da entrega das tábuas da
lei no Sinai, enviou anjos servidores, e disse: “Devo curar-lhes
antes de que recebam a Torá”. Assim todos foram curados.
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