O
tema dos 10 mandamentos ainda desperta grande curiosidade. Com
recentes produções televisivas e cinematográficas, ocorre sempre a
busca de se saber mais sobre o tema, ou mesmo de se esperar um efeito
especial, como da abertura do Mar Vermelho. Fato é que essa lei
teria sido recebida por Moisés no monte Sião, e ainda ouvida por
600000 pessoas, diretamente de Deus. Também detalhe que não é a
totalidade de mandamentos para os judeus, que seria 613 mandamentos.
Isso resultou de um
êxodo do Egito, onde o povo hebreu era supostamente escravizado.
Também foi
mais um resultado da fé do que de provas históricas, e em muito se
soma a uma mitificação. Mas já escrevi em quatro livros sobre a
Bíblia detalhes que acrescentam informações pela tradição oral,
a respeito dos acontecimentos relatados em produções
cinematográficas e mesmo no livro sagrado. Em
hebraico, mandamentos se chamam mitzvot.
Um bebê judeu faria
o juramento para Deus já no ventre com respeito aos mandamentos.
Tábuas
da Lei
Um
dos dois Talmudes diz que o mundo teria em torno de 6000 anos, e, que
2000 seriam de caos, 2000 de império da Lei e 2000 antecederiam o
Messias. Também há um comentário dos sábios judeus que as pedras
da Lei de Moisés teriam 6 palmos por 6 de tamanho. Junto às tábuas
da Lei estava a cabala, que foi passada por tradição oral.
Existe
a Lei oral
Moisés
recebeu no monte Sinai as tábuas da Lei (Torá), os mandamentos, a
Mishna, o Talmud e até mesmo o Zohar. Usar
apenas da Torá escrita seria temeroso, e se deve assim buscar a
opinião dos sábios, que perpetuaram aquela tradição oral que se
reveste de suma importância para entender o que está escrito. Jesus
possivelmente conhecia todas essas coisas, e por isso ensina bem além
do que se acha no texto do Antigo Testamento.
Tem
de se ver a razão da Lei
Vemos
muitas vezes que as regras necessitam de interpretação, e que
apenas sua boa interpretação que leva a efetividade. Temos assim de
encontrar a razão dessas leis, sua ratio legis, de tal modo
que no caso do que temos na Bíblia, não é diferente. Parece que o
cerne dessas regras constantes no livro de Levítico é de separar a
nação de Israel, escolhida, daqueles povos pagãos, que cultuavam
outros deuses, ou melhor, da idolatria. Conhecemos essas regras
especialmente pelos 10 mandamentos, apesar de que lembramos que em
verdade para a humanidade, ou filhos de Noé, são 7 mandamentos, e
que para judeus são 613. Isso ainda inclui a tradição oral, o
Talmude e uma série de detalhes, como os ensinados pelo mestre
Yehoshua (Jesus), como amar ao próximo como a si mesmo, lição
já presente nos Salmos. Ademais, para judeus são duas classes de
mandamentos: 1 – Mishpatim, que são os mandamentos
racionais e lógicos; 2 – Juquim, que são os mandamentos
oriundos da Sabedoria Divina, acima da razão.
Há
quem fale em 11 mandamentos
Sobre
os mandamentos, existe no Salmo 15 a referência a esses 11
mandamentos como fundamentos de todos os demais, ou seja, dos 613. E
a palavra Torá soma 611, sendo que +2, aqueles ditos pela Voz
Celestial, seriam iguais a 613. Já, por fim, em Deuteronômio 27:11
e segs., se fala nas 11 maldições que eram declaradas frente ao
monte Eval.
Solucionar
mandamentos e não violar
A
passagem de Mateus 5:19 onde se diz ou traduz “violar um desses
mandamentos”, na verdade em grego está iyein, que em latim
fica solvere. Assim, significa solucionar. Deve o cristão
então solucionar os mandamentos.
Justos
guardam mandamentos pois juraram guardar
Os
justos guardam mandamentos porque juraram os guardar, antes do
nascimento, já no ventre da mãe, conforme ensinam os chassidistas.
(Trechos
citados de meus livros sobre a Bíblia: Bíblia e Misticismo, Bíblia
e Tradição Oral, A Bíblia Esotérica e Bíblia e Mistérios, de
editora Clube de Autores)
Nenhum comentário:
Postar um comentário