Comemoramos
com alegria o nascimento de Jesus e em cada ano trocamos presentes e
sorrisos com aqueles que amamos. Em meio a festas e ao próprio
feriado, que muitos curtem em viagens, praia ou mesmo em visita a
entes queridos, há o motivo principal. Esse motivo é o próprio
Natal. Mas até onde sabemos do nascimento de Jesus e até onde isso
tudo é carregado de tradições? O menino Jesus é talvez ainda
pouco conhecido, restando informações que muitas vezes são pouco
comentadas. Vejamos.
Sobre
a data do nascimento, nada se sabe, restando tradições que foram
transmitidas por seitas e mesmo pela Igreja. Mas as primeiras
celebrações não eram em 25 de Dezembro. A data que se inicialmente
era comemorada era 6 de Janeiro. Somente no século 4, com Papa
Libério, que a data mudou para 25 de Dezembro. Isso não foi para
comemorar a festa pagã de Sol Invicto, nem da Saturnalia, festa a
Saturno, mas sim para que cristãos tivessem sua própria festa nessa
data. Isso depois aconteceu com deusas locais, que depois foram
substituídas por Nossa Senhora, do mesmo modo. Comemorar uma data
cristã no lugar da pagã seria favorável.
Sobre
o nascimento de uma virgem, Jesus não foi o único que se atribuiu
essa qualidade. Já antes Hórus egípcio, Krishna indiano, e mesmo o
rei Ciro da Pérsia, também Adonis, ou o filósofo grego Platão.
Não apenas em velho mundo, mas no novo, os maias tiveram um Deus
chamado Zama, e na Tailândia teve um deus de nome Codom, com essa
qualidade.
No
que se refere a local de nascimento, não se nega que o foi em Belém,
mas mais porque o messias salvador teria de nascer lá. Também nem
todos falam que teria nascido em manjedoura. Mateus falou que ele
teria nascido em uma casa. Ademais, há uma tradição referente a
escritos arqueológicos achados no Mar Morto, que Jesus teria nascido
em uma gruta, da seita dos essênios. Eles acreditavam que seria uma
reencarnação de um dos seus antigos chefes, um Mestre da Retidão.
Sobre
a estrela de Belém há muitas versões. Há quem diga até que era
um disco voador. Mas tudo indica que foi um fenômeno natural e
astronômico, uma aparição helíaca, de Júpiter ou mesmo de
Sírios. Fato é que os magos acabavam profetizando quando aparecia
também um cometa, anunciando a vinda de um avatar salvador. Os reis
magos teriam assim seguido esse evento e chegado até o menino Jesus,
talvez em data um pouco posterior ao seu nascimento.
Também
se levar em conta os evangelhos achado por arqueologias, em momento
posterior aos canônicos, o menino Jesus já realizava milagres.
Teria assim curado e até amaldiçoado, participado de outros eventos
extraordinários, como de fazer voar pássaros de barro. Ainda, o
menino Jesus teria estudado no Egito, e sua mãe falava o aramaico. E
Jesus certamente sabia muito sobre o Torá, texto sagrado judeu, que
é parte de nosso Antigo Testamento, ou o pentateuco, e por isso
discutiu com os mestres aos seus 12 anos, porque tinha formação
nesse sentido, e educação. E Jesus teria sido também educado pelos
essênios, os quais tinham o costume de batismo e de uma ceia santa.
Mas
lembrando sobre São Nicolau, que podemos comparar ao Papai Noel, o
mesmo na Alemanha tinha um competidor. Para as crianças mal educadas
havia o Krampus, espécie de Papai Noel maligno ou demoníaco que as
sequestraria, se fossem malcriadas. Jovens usam máscaras de madeira
comemorando Krampus no dia 5 de Dezembro.
Fato
é que o Natal nos rende sempre alegria e uma luz inegável. E é
melhor comemorar o nascimento de Jesus, que ficar procurando defeitos
na fé alheia. O Natal mesmo assim deve ser comemorado, e sempre
reverenciado o Senhor Jesus, nosso mestre e inspirador de uma vida de
conversão e transformação. E assim podemos por fim renascer na
estrela de Belém.
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