Jesus
no sinédrio, Caifás, templo nos três dias, filho do homem,
Pilatos, Barrabás e Jesus no deserto
“Aqueles que
prenderam a Jesus levaram-no à presença do sumo sacerdote Caifás,
onde os escribas e os anciãos estavam reunidos”. “Ora, os
principais sacerdotes e todo o sinédrio buscavam falso testemunho
contra Jesus, para poderem entregá-lo à morte” (Mat. 26:57,59)
“e disseram: Este
disse: Posso destruir o santuário de Deus, e reedificá-lo em três
dias”. (Mat. 26:61)
“Repondeu-lhe Jesus:
É como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do
homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu”
(Mat. 26:64).
“Porque este é o
anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto;
Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mat.
3:3).
Sempre
há algo que nos tenta afastar do nosso Eu Superior, do Cristo
interno e da união com o Senhor Deus. Tenta o nosso ego nos julgar,
nos afastando da sabedoria, da fé e da espiritualidade, deixando por
nos enganar pelas tentações profanas do mundo. Assim foi com
Cristo, relatado por Mateus, e ainda numa linguagem de conhecimento
ou gnose, bem como mostrando um ramo simbólico que faz o relatado,
vivo em todos nós. Não se trata de um povo ou um demônio que
perseguiu Nosso Senhor Jesus, mas sim do ego, de poderes das trevas
que perseguem a todos nós, nos afastando de Cristo.
Mas
uma figura que tem o nome relevante e que ganha outro significado, é
o sumo sacerdote Caifás, que depois é referido como demônio, em
literatura. Assim essas autoridades do mundo (profano) tentaram um
falso testemunho contra o Cristo (o íntimo, ou Interno), para o
levarem a morte. É o ego que quer matar o eu superior, e as
testemunhas falsas são aquelas que se focam nesse mundo de ilusão,
para quem não tem as chaves e não passa pela porta estreita, a
porta da iniciação, ou de João, que isso significa. Quem matar o
nosso Cristo Interno para dar lugar ao ego do mundo, com seus poderes
demoníacos, aqui na figura de Caifás. Até os que se dizem ser
seguidores, parecem acusar o Cristo Interno. Pilatos é também o
demônio da mente, e ainda outro demônio aparece, Barrabás, pois o
ego sempre é assassino, criminoso etc.
Já
o templo a que Jesus se refere, que irá destruir, é o corpo animal
ou carnal, o corpo denso, e o que é reconstruído é o corpo
espiritual, soma haliakon, que é reconstruído na terceira
iniciação. Já no que se refere ao Filho de Deus, fala no segundo
Logos, e no que se refere a filho do homem, se refere ao cristificado
ou osirificado. Os termos filho do homem e de Deus também são
referidos como cristologia baixa e cristologia alta. Na visão
oriental, esse filho do homem parece representar o Atman, a que o
homem encontra a união. Mas antes parece que tem de vestir uma
primeira alma, Budhi. Sobre esses termos, a teosofia tem a ensinar e
colocar mais detalhes.
Quando
João foi degolado, Jesus se retirou para um lugar deserto e
afastado. Muitos pensam no deserto como apenas um lugar árido, onde
não se encontra água, difícil de viver e muito quente. Seria o
deserto esse lugar especial? Mas não é a isso que se refere. Na
verdade, ali na Escritura se fala não em algo material, mas sim
espiritual. Assim se fala em um determinado plano do astral, ou
quarta dimensão (ou quinta etc). Então, nesse estado de jinas que
Jesus fez a multiplicação de pães e muitas outras coisas. E lá
nesse “deserto” existem povos, seres, animais e muitas coisas, e
lá que é a “terra prometida”, a “terra de leite e mel”, ou
mesmo o Éden ou a Nova Jerusalém. Pois a linguagem bíblica é a de
ramos e raízes, como mostra a cabala, e assim se refere ao
espiritual.
Fonte
As
três montanhas – Editora Edisaw
Bíblia
João Ferreira de Almeida (Santa Bíblia) – ebook microsoft reader
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