A
benevolência de Deus, a tsedacá como serviço, o Leviatã como
egoísmo, Amém como verdade, e anjos Micael e Gabriel, de acordo com
a cabala
“Ele te declarou, ó
homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que
pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente
com o teu Deus?” (Miquéias 6:8)
“Amaldiçoem-na
aqueles que amaldiçoam os dias, que são peritos em suscitar o
leviatã”. (Jó 3:8)
“Semeai para vós em
justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado;
porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça
sobre vós”. (Oséias 10:12)
“Semeiem para vocês
com tsedacá, etc (e colham de acordo com a medida de Chéssed
(bondade)) idem, Tanya
“E a obra da justiça
será paz; e o efeito da justiça será sossego e segurança para
sempre”. (Isa. 32:17)
“E (a recompensa
pelo) ato da tsedacá será a paz e (a recompensa para) o
serviço da tsedacá (será) a serenidade e a segurança para
sempre”. Idem, Tanya
“Com Deus estão
domínio e temor; ele faz reinar a paz nas suas alturas. Acaso têm
número os seus exércitos?”. (Jó 25:2-3)
“Somente Dele é o
domínio de tudo, e Ele é quem provoca temor, Ele promove a paz nas
alturas. Existe um número que expresse quantas são suas Legiões?”
Idem, Bíblia Hebraica
“E todo o povo dirá:
Amém”. (Deut. 27:16)
Vemos
cada dia a necessidade que temos de justiça e benevolência. Mesmo o
tema da justiça entra sempre em questão na mídia, ou nas conversas
das pessoas. Também percebemos que uma injustiça social provoca
atos de injustiça legal, e que isso tudo revela a desconexão das
pessoas e seu egoísmo. Não se ama o próximo como a si mesmo. Deste
modo, mesmo que alguém ache que o Leviatã está no mar ou que será
um monstro a ser descoberto, nada mais é do que o egoísmo, e não
mero que um brinquedo de baleia para Deus, conforme cita o livro
cabalístico do Shamati. Mas os atos de serviço
para Deus, da tsedaká, trazem paz e algo melhor. Isso se refere
muitas vezes a caridade, e atos que reduzam a injustiça social.
Também o livro cabalístico de Tanya revela que essa tsedacá se
relaciona a esfera cabalística de Chéssed. Ademais, o mestre
Michael Laitman ensina ainda sobre a palavra Amém, a relacionando a
verdade. Estes e outros temas aparecem nesse humilde artigo.
Como
disse o Tanya, os atos de serviço a Deus, bem como muitas coisas
relacionadas a benevolência e a paz, a justiça. Assim se reza toda
a manhã dizendo “Ele semeia tsedacot e faz brotar a salvação”.
Também no Salmo 17:15 se diz que “Através de tsédec eu
contemplei Sua face”. E assim essa palavra é traduzida como
retidão. Logo, não se afasta o termo de justiça e de virtudes. E
retidão assim está relacionada a caridade, tsédec a tsedacá. E
tudo isso relacionado a misericórdia, como atributo de Deus, ou
Chéssed. Esse é o lado da direita, pois à esquerda está Gevurá.
A esquerda está caracterizada pela contração e ocultação no
serviço Divino realizado por uma pessoa. E como diz o Zohar, há uma
forma bem mais alta de Chéssed. Há um nível elevado a coroa, ou a
Kéter, um nível de Divindade totalmente transcendente. E os anjos
Micael e Gabriel se relacionam a essa esquerda e direita, quando em
Jó 25 se fala em exércitos ou legiões de Deus. E mais, Micael é o
ministro da água, e Gabriel é do fogo, contudo eles não extinguem
um ao outro, conforme o Tanya.
E
o Leviatã? Um monstro que devemos procurar nos mares? Mais
importante que procurar fora, é procurar dentro. O Shamati fala
desse monstro como um brinquedo, uma baleia para Deus. Cita: “ É
como disseram nossos sábios quanto à senhora que perguntou: 'O que
o faz Criador após ter criado o mundo?' A resposta foi: 'Se senta e
brinca com uma baleia', como está escrito, 'Lá vão os navios do
mar e Leviatã (monstro marinho), que Você formou para
entretenimento' (Avoda Zará, Idolatria, p. 3)”. Assim isso se
refere a conexão. Leviatã é o egoísmo mergulhado nas águas de
Malhut. Malhut é a esfera cabalística. Logo, não se deve procurar
por monstros, pois o que importa é a nossa conexão e o amor ao
próximo como a si mesmo. Isso se refere também que a relação de
Deus com as criaturas é como um jogo, e que entre as criatura já é
diferente, se processa por desejo. Quando um desejo não é
satisfeito gera carência, já no jogo não há essa carência.
Por
fim, Amém!, que é citado várias vezes em Deuteronômio 27, é
descrito pelo rav Laitman como verdade, veracidade, e expressa nosso
acordo interno, a decisão interna. Portanto, o povo é obrigado a
dizer Amém! antes da entrada de Israel. Esse é um acordo sem cujas
condições não se pode entrar, porque significa elevar-se à
correção de desejos e intenções egoístas completamente novos que
estão agora sendo revelados. Sendo assim, em cada etapa o povo
repete Amém! E entra assim em uma nova correção.
Fontes
-Bíblia Hebraica,
Editora Sefer
-Likutei Amarim Tanya,
volume 6, Editora Beith Lubavitch
-Michael Laitman,
programa Kab TV – Segredos do Livro Eterno, de 21/11/16
- Bíblia Sagrada,
versão ebook João Ferreira de Almeida, de Microsoft Reader
- Shamati (Eu Ouvi) de
Rabi Yehuda Ashlag, Laitman Publicações
Gostei muito do texto. Como sempre, enriquecendo-me com informações desconhecidas e aumentando assim o desejo em conhecer mais de outros assuntos que não me são claros... parabéns, por mais um bom artigo!
ResponderExcluirOI. Muito bom querida. Volte sempre e todos aprendemos. esteja com Deus
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