De
Paulo judeu e fariseu, do Domingo não retirando o Sábado, do
sangue, mulheres profetizas e do nazireu segundo livro de Atos
“Por
isso, julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios,
que se convertem a Deus,mas escrever-lhes que se abstenham das
contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e
do sangue”. (Atos 15:20)
“No
primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão,
Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e
prolongou o seu discurso até a meia-noite”. (Atos 20:7)
“Disse
Paulo: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está
escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo”. (Atos 23:5)
“pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar
testemunho de que, conforme a mais severa seita da nossa religião,
vivi fariseu” (Atos 26:5)
“toma
estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles as despesas
para que rapem a cabeça; e saberão todos que é falso aquilo de que
têm sido informados a teu respeito, mas que também tu mesmo andas
corretamente, guardando a lei”. (Atos 21:24)
“Partindo
no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro
filhas virgens que profetizavam”. (Atos 21:4)
Vemos
muitas vezes em certos cultos cristãos ou mesmo comentários de
alguns, com relação a ataque aos judeus. Também vemos por parte de
alguns irmãos judeus algum ataque a de talhes do cristianismo, ou do
que tivemos de Escrituras por parte da igreja romana. Porém
percebemos que não tem muito sentido os ataques, uma vez que a
cultura nossa é judaico-cristã, e que ambas as tradições se
complementam e sintetizam na figura do Mashiah, Yehoshua (Jesus), e
que mesmo sabendo da condição de Paulo, não podemos assim nos
precipitar.
Paulo
era judeu, e mais, fariseu. Ele mesmo teria revelado isso e assim
versado na sabedoria da Torá, mesmo também em tradições
talmúdicas, senão até em kabalah. Essa última suposição nos vem
quando vemos seus ensinamentos místicos, como a respeito de terceiro
céu, corpo de glória e outros, que nos fazem pensar em algo que
supera o nível de interpretação histórico e moral da Torá.
Depois com esses escritos, como o livro de Atos, vemos que há uma
conciliação entre judeus e gentios, e que aos poucos todos se acham
em verdadeira crença ao Senhor IHVH (Jeová).
Os
gentios convertidos tinham as lições a eles compatíveis. Vemos
isso nos Filhos de Noé, ou Bnei Noah, onde se segue os 7
mandamentos. Claro que não se pode colocar os 613 mandamentos em
pessoas que não estão inseridos na cultura judaica, e mesmo porque
há passagens que colocam o Machiah com esse papel de levar a
Salvação a um grupo maior. Sobre pagãos que aceitam IHVH, não há
proibição, desde que abandonem suas práticas e a idolatria. Aqui
se fala em sangue, mas o sentido não é apenas e se comer sangue (ou
bem como proibição judaica de ingerir nervo ciático), mas em
especial o derrabamento de sangue, através da violência.
Os
cristãos foram mais tolerantes, e não mudaram Sábado para Domingo,
mas adicionaram esse. Para quem desejasse guardar o Sábado, não há
proibição. Mesmo porque o Sábado de Elohim é algo muito maior
que um dia da semana, mas sim um período sagrado, a fim de comemorar
a Criação. Mas também o sábado judeu não era obrigatório aos
cristãos. Então o costume era guardado 300 antes de Constantino,
por cristãos. Mas o domingo seria um “oitavo dia guardado com
alegria” (Epístola de Barnabé), bem como os “Pais da Igreja”
falavam a respeito de em atos não haver regra específica quanto a
data a se guardar. Pois domingo teria sido o dia da ressurreição de
Yehoshua. Mas o sábado deve ter sido ainda respeitado por muitos.
Sobre
o voto de Nazir, ou nazireu, nada prejudica a crença, sendo o que se
fala em capítulo 21:24, e assim é o que se atualmente tem por
promessa. Também retiros espirituais podem se assemelhar a ele, bem
como dias de jejum, não se fazer a barba e assemelhados. Vemos aqui
uma espécie de exercício espiritual, e assim algo dedicado em
sacrifício a Jeová. Faz em si mesmo o sacrifício do animal, ou
cordeiro, e assim nos mostra o Cristo interno, de modo que pelas
virtudes e castidade se sacrifica a animosidade. Isso pode ser
temporário ou permanente, mas no geral parece ser por apenas um
prazo. A prática parece ter sido feita por místicos, que superaram
apegos ao mundo e que têm dedicação total a D'us.
Sobre
as mulheres e sua aceitação por Yeheshua e apóstolos nos
ensinamentos, fica clara a passagem que fala até mais, em
verdadeiras profetizas. Quando pensamos em pentecostes, e na
manifestação do Espírito Santo (Huach Hakodesh), vemos que não há
distinção tamanha entre o gênero. Antes já havia mulheres
importantes nas Escrituras, e lembramos de Sara, Rute, Ester e
tantas outras, mesmo em Miriam (Maria), e então sabemos desse
contato da Presença Divina, Shekiná, também para com as mulheres.
Yeheshua tinha especial atenção a elas, e em apócrifos se fala de
papel central de Maria Madalena, nesse sentido de doutrinação
especial. Por fim, mesmo Paulo, que era um tanto rigoroso a esse
respeito, lembrou da importância delas na propagação das doutrinas
de Mashiah.
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