Arqueologia
bíblica e o Codex Sinaiticus, na busca da Bíblia Original
“Veio
para o seu próprio país e seu povo não o recebeu”. (João 1:11)
– Codex Sinaiticus
“Mas
o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, desposada
com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito
Santo”. (Mat. 1:18) – idem
“E,
se alguém tirar das palavras do livro desta profecia. Deus tirará a
sua parte da árvore da vida, e da cidade santa; que as coisas estão
escritas neste livro. Aquele que testifica estas coisas diz:
Certamente cedo venho. Amém: vem, Senhor Jesus. A graça do Senhor
Jesus Cristo seja com todos os santos” (Epístola de Barnabé, 1) –
idem
Ao
ler obras sobre Arqueologia Bíblica, se percebe que há grande
enfoque na história da Mesopotâmia e do Egito, ficando esse último
em destaque, haja vista dois grandes homens bíblicos estarem no
Eito, ou seja: José e Moisés. Percebemos assim uma série de fatos
que tentam ser cruzados, com eventos narrados na Bíblia. Mesmo não
havendo provas tão verossímeis, a fé leva a se perceber a presença
do povo hebreu entre os povos, e sua importância. Também muitas das
cidades bíblicas mudaram de nome, e assim fica difícil a certeza de
se existiam ou não. Os grandes impérios sim, e assim é neles que
se pode focar. Mas de interesse é um pergaminho das Sagradas
Escrituras encontrado em 1859, no mosteiro de Santa Catarina (igreja
de Yebel Musa), que se chamou Codex Sinaiticus (O Livro do Sinai),
contendo o que podemos entender como o de mais original na Bíblia,
fora o Codex Vaticanus, fechado a sete-chaves pela Igreja. Esse local
foi construído onde estava a sarça ardente de Moisés.
Parece
à primeira vista que essa Bíblia se assemelha a que temos ainda na
Igreja Católica. Porque tem o livro de Macabeus, Eclesiástico,
Barnabé, Pastor de Hermas e outros depois ditos apócrifos por
Lutero e alguns pela Igreja. Assemelha-se muito a versão da Bíblia
da Igreja Ortodoxa Etíope, que já comentamos aqui. Se houve
alterações, tem de se voltar ainda mais no tempo para encontrar uma
Bíblia Original, uma vez que mesmo em 1600 anos atras temos aquele
livro quase idêntico ao que possuímos modernamente. Apesar de
alguns versículos estarem em outros lugares, e a disposição do
texto nem sempre estar ipsis literis. Mas vemos que haviam mais
livros do que naquela Bíblia que possuímos, seja católica,
evangélica, de Torre de Vigia etc.
Pelo
texto estar em grego, já tratamos de algumas versões diferentes
para o hebraico, e ainda sobre o Velho Testamento, já falamos da
Bíblia Hebraica, bem como de comentários de Talmud, Chumash, Rashi
etc. Assim a novidade seja por termos o texto mais antigo e
acessível, graças a trabalho de achado junto a Mosteiro de Santa
Catarina. Ademais, já falei que nesses mosteiros há conservação
dos documentos mais valiosos, e que mesmo em seus cantos há a
tradição oral cristã, depositária de verdades que são as chaves
de interpretação e poder. Mesmo ouvi de um membro da ordem dos
exorcistas, da força do que vem daqueles meios, pela sua
característica legítima, e pelo comportamento mesmo dos monges, de
vida dedicada e santa. Interessante no codex se fala em Barnabé
para não se tirar o livro, e vemos que todas as igrejas o fizeram, o
que nos traz desconfiança. Percebemos que a arqueologia bíblica
mudou muito a concepção das Escrituras, seja pelos Manuscritos do
Mar Morto, seja por esse papiro, ou mesmo por o que é encontrado no
Egito e Mesopotâmia. Comprova a fé e leva até heranças materiais
e relíquias. Porém o mundo cristão não se vê prejudicado com
esses achados, e ainda há sim de os aproveitar, para confirmação
histórica e para fortalecer ainda mais sua fé.
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