A
SEGUNDA VINDA DO MESSIAS E A SUA DIVINDADE
“Assim
disse Jeová, o Rei de Israel, e seu resgatador, Jeová dos
exércitos: sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há
Deus” (Isa 44:6 – Versão Novo Mundo)
“Assim
disse Javé, o Rei de Israel, seu protetor, Javé dos
exércitos. Eu sou o primeiro, eu sou o último. Fora de mim não
existe outro Deus” (idem – Versão Nova Pastoral)
“Assim
disse o Eterno, o Rei de Israel e seu redentor, o Eterno dos
Exércitos” (idem – Bíblia Hebraica)
“e
seu redentor” (Versão João Almeida e Ave Maria)
“Até
quando durará a visão do sacrifício contínuo e da transgressão
que causa a desolação, para fazer tanto do lugar santo quanto do
exército algo a ser pisoteado? Ele me disse pois: 'Até duas mil e
trezentas noitinhas e manhãs'” (Dan. 8:13-14 - Versão
Novo Mundo)
“No
princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a
Palavra era um Deus” (João 1:1 – Versão Novo Mundo e Nova
Pastoral)
“No
princípio era o Verbo” (idem – Versão Ave Maria e Almeida)
Vemos
que a doutrina de diversas igrejas diverge apenas por questão de
hermenêutica e que não são assim tão irreconciliáveis suas
visões da Bíblia. As questões mais espinhosas de interpretação
talvez sejam aquelas que estejam mais carregadas de simbolismo, e
aquelas que dependem de conceitos filosóficos, como o Logos do
primeiro versículo de João. Mesmo para o cristianismo
primitivo, também outra questão era curiosa: a segunda vinda de
Cristo. Muitos esperavam e não cansaram de esperar. Há também quem
tivesse desde os primórdios do cristianismo a dúvida se ele se
tratava de profeta, anjo, Deus, mas uma coisa talvez seria certa, que
ele era o messias. Esses e outros serão os temas.
Sobre
as profecias de Isaías, mesmo os judeus e textos muito antigos dizem
que muitas já foram realizadas, mesmo em seu tempo, e que se
referiam a Israel. Ocorre que claro, há as referências ao messias,
e assim uns aceitam que ele era o Yeshua
(Jesus), os Judeus Messiânicos, e outros não, apesar de aceitarem
um messias de consciência messiânica. Essa Tal consciência
messiânica não é tão estranha em doutrinas cristãs, e já surgiu
em alguns grupos gnósticos, e há igreja atual que diz que ele veio
em “pessoa espiritual”, o que entra em sintonia com aquelas, e
também com certas visões místicas. Há quem tenha colocado uma
data, usando do texto de Daniel para a segunda vinda, como 1844, o
que não aconteceu fisicamente, como esperavam, e outros em 1914, o
que talvez tenha ocorrido, se usar dessa visão de pessoa espiritual.
Na verdade talvez ambos estejam certos, todos certos, porque Cristo
veio em nós, seja como consciência, seja como carne, seja através
de seu mistério. O contato com ele já seria algo mais sutil, porém
mais difícil seria o mesmo homem daquele tempo voltar, mas também
matéria de crença. Há quem diga que Jesus já teria ressuscitado
em uma outra forma de corpo, o “corpo Vital”, e que sua segunda
vinda seria através de um Cristo Cósmico. Mas sobre o 2300, apenas
há nota em uma Bíblia que esse número não se refere talvez a
tempo, mas um número feito holocausto, de judeus sacrificados,
presente lá no livro I Macabeus, 1:54. No geral se atribui um dia de
Deus para um ano humano, e outras criatividades.
Já
sobre o Logos há uma questão filosófica, e parece que aí entra
uma influência gnóstica de João, e assim se deve compreender o
pensamento grego antigo. Esse Logos seria mais uma razão superior,
uma ciência ou conhecimento, e então eterno e divino, e se pode
talvez por analogia colocar Cristo nesse conceito. Apesar de que na
cultura talmúdica judaica se falar que Deus criou através de Dez
palavras, ou dez pronunciamentos, colocando essa Palavra ao lado de
Deus, e estando com ele. Dessas, poderia se pensar em dez emanações,
na cabala, e mesmo a participação de anjos. Em muitas passagens
bíblicas os anjos são tratados como o próprio Deus. Fato é que em
se penando em Jesus, ele pode se enquadrar em muitas perspectivas.
Limitar muito é relativizar sua característica de messias salvador.
E sua vinda talvez chegue em nós, quando nos convertermos, sermos
transformados (e não meramente se arrepender...), numa metanoia
real. Isso está mais de acordo com pegar a cruz e segui-lo,
adentrando no Reino, que meramente um homem agindo de fora.
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