Adão
da espiritualidade, inferno como um estado e detalhes relativos ao
mesmo, de acordo com a cabalá
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. (Torá, Bereshit-Gênesis, 1:26)
Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;. mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (idem, 2:17)
A
Torá revela uma linguagem, a linguagem dos ramos. Assim ali tudo se
refere ao mundo espiritual ou a espiritualidade, e é isso que mais
importa. Para decifrar esse código existe uma ciência: a cabalá.
Assim se busca o Criador e Ele se revela, quando a pessoa encontra o
ponto de seu coração. Também desperta a subida para superar aquele
estado anterior, que se chamava quebra, ou queda de Adão. Ouvindo
amigos conversando sobre o assunto de inferno, paraíso e Adão,
fiquei a refletir sobre os temas correspondentes, lembrando desses
detalhes.
Primeiro
que Adão foi criado no mundo de Atzilut, logo na espiritualidade, e
que apenas após a quebra de sua Alma, que era única, surgem chispas
dessa alma divididas em 600000. Essas partes de Adão estão em nós,
e caíram para outros mundos, como Briá, Yetzirah, Assiah e este
mundo. Mas foi justamente por isso que a criatura pode ter livre
arbítrio, e assim novamente buscar o desejo de doar, a fim de se
assemelhar ao Criador. O amor ao próximo. Logo, termos como árvore
do conhecimento, serpente e fruto proibido se referem a essa quebra
do Adão espiritual. Pouco ou nada tem a ver com o nosso mundo, e não
adianta se procurar um Éden nesse mundo, maçãs de pecado ou mesmo
culpar o animal réptil chamado serpente. Pois a linguagem da Torá é
de ramos, se referindo a algo espiritual. Assim, devemos buscar essa
conexão e unidade a que perdemos, antes da quebra de Adão.
Disse
Laitman: “O inferno é quando eu revelo o mal dentro de mim, que me
governa e me coloca longe do Criador. É um sentimento terrível,
como se estivesse envolto por chamas de vergonha. Eu vejo o quanto
estou perdendo, mas eu não posso me ajudar”. Então, um estado. Há
quem invente um inferno eterno para uma condenação futura, mas em
verdade é estar longe do Criador. Por isso da importância do
arrependimento (teshuvá), que na verdade é retorno, e das mitzvot,
ou preceitos, pois foi pelos desejos inferiores e egoístas que se
pecou. Mas ao mesmo tempo resta o caminho de volta, em 125 degraus,
segundo Baal HaSulam, o mestre da escada. Logo, a chamada alma do
primeiro homem, se refere aquele que pensou sobre a sua existência.
O primeiro homem descobriu a cabalá, e a estudou. E ainda disse
Laitman: “Uma pessoa que avança no caminho espiritual “cava”
dentro de sua alma, tentando revelar a forma de doação ao Criador.
Ela tem que passar por um estado de confusão e, por meio desta
confusão para descer ao estado de “inferno”. Este estado existe
em todos os graus, mas somente experimentando é que uma pessoa pode
escrutinar o mal contido dentro dela”.
Assim,
o homem tem de criar uma forma de também doar. Isso se dá pela
tela, que faz uma porcentagem de luz do Criador trabalhar e assim ir
um dia se assemelhando a Este, quando há equivalência de forma.
Isso se dá em muito após descobrir seu ponto no coração, a
ciência da cabalá e a luz que reforma. lembra Laitman: “O pecado
do primeiro homem com a árvore do conhecimento do bem e do mal foi
que Adão provou o grande prazer que pode ser recebido ao dar
satisfação ao Criador e não conseguiu resistir recebê-lo
egoisticamente. Ele poderia receber esse prazer com a condição de
que levasse o mundo inteiro à conexão, e dessa forma, teria criado
uma tela sobre a recepção egoísta. No entanto, ele não tinha essa
tela e, portanto, pecou”. Assim a alma que era conectada, em Adam
HaRishom, ficou em pedaços, nos 600000. Deste modo, se mostra um
mundo egoísta e separado, em pessoas que não mais demonstram o amor
ao próximo, e nem a conexão, apesar de que esse estado está
mudando. Nosso tempo mostra o último ¼ do tempo messiânico, que se
refere aos últimos 2000 anos dos 6000 totais. Vivemos nesses 250
anos o processo dessa consciência de conexão, que também revela o
Criador. Logo, não mais terão importância o dinheiro ou prazeres
individuais, mas se buscará pela espiritualidade que revela cada vez
mais a conexão. Mas Deus que o melhor e que suas criaturas se
satisfaçam.
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