Os dez mandamentos e as pragas do Egito
Apesar dos belos filmes retratarem o que ocorreu no Egito, conforme uma interpretação literal da Torá, ou parte da Bíblia, o significado espiritual do ocorrido vai bem além de meros animais e fatalidades retratadas em relação ao Egito, ou ao ego. Os filmes são muito belos, mas apenas retratam a linguagem literal, e nisso não acessam a sabedoria. No filme parece haver seleção de povo ou raça, mas aquele que busca o Borê, Deus, que significa “vem e veja”, é que verdadeiramente é o hebreu. Pai e Mãe, ou Biná e Hochma, se mostra aquele que se pergunta: de onde vim? Quem é meu Criador? E nisso se poderia ser um egípcio, persa, chinês, brasileiro etc. Existem dois caminhos: o caminho do sofrimento, e o caminho da Torá. As pragas mostram um pouco do ego que sofre por não buscar o Criador.
Isso tudo mostra o nível espiritual. A linguagem da Bíblia não é literal. Assim revelou Michael Laitman:
“a única solução que podemos alcançar é transcender o “Faraó” (egoísmo), acima do Egito, para o próximo nível de existência, o sistema superior de gestão”. E a relação que existe é com as dez sefirot ou esferas da cabala. “É sobre isso que a sabedoria da Cabalá fala. Isto é o que temos que alcançar. As 'Dez Pragas do Egito' existem para se separar completamente do egoísmo. Isto é porque o nosso egoísmo é formado de dez partes, que são as dez Sefirot: Keter, Hochma, Bina, Hesed, Guevurá, Netzah, Hod, Yesod e Malchut. Cada uma delas 'retrata' para nós um tipo particular de existência dentro do ego”.
Então a pessoa sofre para superar seu egoísmo e para compreender o amor ao próximo, e a Deus sobre todas as coisas. Geralmente as pessoas amam todas as coisas e esquecem o Criador. Vivem em prazeres, dão unicamente a vós ao Faraó e ao Egito. E o ego revela suas pragas, seu sangue que tira a pureza do rio, seus gafanhotos, seu granizo e por aí vai. Assim vamos nos libertando desses dez modos de existência, dessas dez pragas do ego.
Novamente Laitman: “Na verdade, as dez pragas não são realmente pragas. Elas são o presente mais elevado que o Criador dá a uma pessoa, empurrando-a para fora do egoísmo com força. Portanto, vamos lá, vamos fugir disso e ganhar um novo mundo!”. Pois levam além do ego, além do Egito e do faraó, para assim através do ponto do coração, do amor ao próximo e da conexão alcançar a espiritualidade. Deste modo caminhar até a terra prometida ou ao paraíso, o jardim do Éden ou Atzilut, para assim retornar ao Criador e a Sua presença. Logo os filmes são bonitos, mas não mostram a linguagem dos ramos e raízes, apenas velando algo maior, que é essa possibilidade de salvação.
Fonte: http://laitman.com.br/2016/04/as-dez-pragas-do-egito-2/ acesso dia 15/03/2017, às 16:10h
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