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sábado, 26 de agosto de 2017

Sobre livro de Provérbios e termos cabalísticos, de acordo com livro de Tanya


Sobre livro de Provérbios e termos cabalísticos, de acordo com livro de Tanya









“Meu é o conselho, e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza”. (Prov. 8:14)



“ (…), eu sou a Biná, a Guevurá é Minha” idem, em comentário ao Tanya



“Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício”. (Prov. 21:3)



“Hashem prefere tsedacá e justiça em lugar de sacrifícios” idem, em Tanya





“Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: teu rosto, Senhor, buscarei”. (Sal. 27:8)









Sempre que vemos se citar textos como o de Provérbios, cujo nome em hebraico é Mishlê, percebemos a limitação da tradução, que por termos com o entendimento, fortaleza etc, não se refere a grandiosidade a que se refere, ou melhor, não se percebe que ali estariam os discernimentos ou atributos, as sefirot, ou esferas. Já um cabalista veria facilmente, em comparação a partes mais enigmáticas do texto, os termos como referentes a esses atributos. Aqui trouxe o texto cabalístico do Tanya, para nos clarear a esse respeito, no que se refere a dois versículos dos Provérbios e ainda sobre o ponto no coração, doutrina cabalística que constitua um início a descoberta e busca do Criador. Em especial entre duas colunas, ou duas esferas, que acabam gerando um equilíbrio na árvore da vida, ou seja, entre Guevurá e Chessed, bem como em respeito a Biná. Também o termo tsadaká voltou mais uma vez a nos fazer refletir sobre o papel do justo.

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Até o presente momento histórico vimos um desenvolvimento do ego, e isso fez com as pessoas inventassem competições, que buscassem família, trabalho, dinheiro, e mil coisas para agradar o ego. O instinto no passado falava alto e o mundo era verdadeira ocultação, ocultava o Criador. Passado esse momento, entendemos que o mundo é uma unidade, e veio a globalização, seja de navegações, comercial, tecnológica etc, e assim entendemos ser necessário buscarmos a conexão. Amar assim o próximo como a si mesmo se torna condição para que retornemos ao Criador, ao modo de Adam haRishom, onde todos somos como um. Assim despertamos o ponto no coração, e vimos a face do Criador, conforme Salmo 27:8. Isso nos levará novamente ao Eden, que significa o mundo de Atzilut, lá onde se encontra Biná. Segundo o Tanya, Biná apareceria lá em Provérbio 8:14, não se referindo as nossas qualidades, no caso a entendimento, mas sim a do Criador, sem comparação, a não ser a linguagem dos ramnos, usada na Bíblia para se referir ao mundo espiritual, apenas usando termos de nossa linguagem para que compreendamos o sistema do Criador, BORE. A pnimiut do coração é o ponto mais íntimo, a profundeza do coração, que transcende as categorias de compreensão do homem. Por isso que está justamente quando se pergunta para onde vai, de onde veio e etc. como disse Rab Laitman: “A menor Reshimô no menor Kli quebrado é chamada “o ponto no coração”. Isto é o que a pessoa sente como um desejo pela espiritualidade quando é despertada do Alto. Estas Reshimot se vestem em certas pessoas em nosso mundo e não lhes dão descanso, até que elas os corrijam com uma Massach e lhes preencham com Luz”. Kli significa vaso ou recipiente. Massach é a tela, que faz com que rechace a luz e possamos doar um pouco do que recebemos de luz.





Sobre Guevurá, ou o poder, ali descrito com a palavra fortaleza, em muito se refere a severidade do Criador, e parece se revelar em macot, nos golpes que ocorrem em nossa vida, e mesmo pela natureza. E como está em comentário ao Tanya, o poder da Torá está relacionado a Torá Oral, pois com relação a Torá escrita, esta esta deriva da esfera o sefira Chochmá, da direita do Universo, já a Torá Oral estaria derivada da esfera Biná, que está a esquerda, juntamente com Guevurá. Mas então o Criador está em ambos os lados, e se disse Biná e que a Guevurá é Sua. Desde modo, “não há nada além Dele”, como se ensina na cabalá, e se engana quem acha que alguém pode se opor a Deus. Mas a justiça do Criador é vista por alguns como algo ruim, mas é justamente essa negatividade que leva a Deus, e assim as pessoas caminham para o melhor. Mas há aqueles intermediários, que têm sua busca do Criador, mesmo que ainda não justos, e se chamam Beinoni. Já o justo, o Tsadik se refere a retidão do Provérbio 21:3, e não a qualquer retidão. Isso exige a conexão e adesão ao Criador, que são características do justo. Mas há quem pouco diferencie o beinoni do tsadik, e Tanya parece por vezes mesclar os que são fiéis ao Criador. São esses os detalhes profundos que a Torá nos revela, e muito mais.




Fontes



Likutei Amarin Tanya, volume 6, de Zalman de Liadi, comentado por Yosef Wineberg, editora Beith Lubavith



Santa Bíblia, versão ebook de João Ferreira de Almeida, de Microsoft Reader



Cabala para Estudante, de Michael Laitman, Laitman Kabbalah Publishers
 
 

2 comentários:

  1. �������� Parabéns por mais um belo texto. Vale ressaltar que não é o sacrifício que agrada ao Senhor. Importante meditar não somente no 21:3, mas nesse provérbio como todo.

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