João
Batista yogue, seita de Judas, budistas na Babilônia, Jesus sedutor
e Terapeutas, segundo Ernest Renan
“Depois
deste levantou-se Judas, o Galileu, que nos dias do recenseamento, e
arrastou o povo consigo, mas também ele pereceu e todos quantos o
seguiam foram dispersados” Atos 5:37
“João
usava uma vestimenta de pêlos de camelo e um cinto de couro em volta
dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre” Mat. 3:4
No
livro intitulado “Vida de Jesus” de Ernest Renan, mais do que
imaginei, há muita informação extra e de acordo com o que já
intuía a respeito dele e de seus seguidores. Primeiro que ele usa
fontes extras, parecidas a que eu já aproveito, como o Talmude,
literatura judaica, escritos gnósticos, apócrifos e outras
informações. Interessante que o livro foi escrito antes da
descoberta arqueológica no Mar Morto, mas que já possuía a
informação decorrente de algumas das descobertas. Prova que certos
documentos já eram de conhecimento, mesmo que restrito.
Sobre
João, ou Iohanan, foi um jovem asceta cuja fama se espalhou
por toda a Palestina, ele de linhagem sacerdotal, segundo evangelho
dos ébionim, e nasceu na cidade de Juta, perto ou mesmo em
Hebron. E desde muito jovem ele foi um nazir, um sujeito de votos e
abstinências. Ele então vivia a vida de um yogue da Índia,
vestia-se de peles de camelo e se alimentava apenas de gafanhotos e
mel. Certos escritos dizem que ele era um dos dois messias, e ainda
se fala que era essênio. Esses essênios aparentavam com budistas e
viviam nas proximidades do Mar Morto, e daí dos manuscritos
encontrados em 1945, que alguns entendem ser deles.
Jesus
então tinha estreita relação com esse João. As ideias
apocalípticas e certos hábitos de vida nos levam a pensar nisso.
Mas apesar de interpretar a lei judaica, vemos que a mesma era
cumprida. Há uma seita chamada de “cristão de São João”, os
mendaítas. Os árabes os chamam de batistas. Fato é que a Babilônia
era um celeiro de budismo. Desta feita, lembrando da seita dos
essênios, vemos que a influência do oriente foi grande, tanto em
João, quanto em Jesus. Sobre Jesus, o sinédrio o chamou de
“sedutor”, uma vez esse termo era uma forma a se referir a quem
seduzia a se afastar da Lei de Moisés. Há porém um escrito
gnóstico que diz ter sido Jesus em sua juventude, um pouco
mulherengo. Esse fato já parece ser mais inverídico, mas explicaria
o sedutor por outro aspecto.
Já
os terapeutas são um grupo que surgiu dos essênios, e que até
mesmo depois, em outros grupos permaneceu, como nos Cátaros, e
depois mesmo em Rosacruzes, e assim era espécie de misticismo
cristão direcionado a cura e imposição de mãos. Isso identifica
muito o costume de Jesus em curar através de imposição de mãos,
ou quando a mulher se curou tocando as vestes do mestre. Interessante
que até alguns reis tinham a fama de curar quando tocados, e assim
vemos essa tradição mística perdurada, através dos tempos. Fato é
que juntamente com expulsar demônios, batismo, e mesmo a
ressurreição, a cura é também doutrina fundamental dos cristãos.
Também
um certo Judas possuía uma seita messiânica que tinha um certo ar
político, e que negava que se chamasse alguém de mestre, a não ser
Deus. Josefo não coloca muito, mas este seria fundador de uma quarta
escola, ao lado de fariseus, saduceus e essênios. Mas fato é que
Jesus parece ter conhecido tudo isso, e superado as competições de
seitas. Devemos também nós colocarmos Jesus acima de diferenças
religiosas, e procurar seus ensinamentos na essência, e mais, na
prática, através de cura e de arrependimento, a fim de que possamos
encontrar o Reino e a Ressurreição.
Parabéns pelo texto bíblicos. Estava com saudade de ler seus conhecimentos.
ResponderExcluirBoa tarde.