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sábado, 18 de outubro de 2014

João Batista yogue, seita de Judas, budistas na Babilônia, Jesus sedutor e Terapeutas, segundo Ernest Renan


João Batista yogue, seita de Judas, budistas na Babilônia, Jesus sedutor e Terapeutas, segundo Ernest Renan







“Depois deste levantou-se Judas, o Galileu, que nos dias do recenseamento, e arrastou o povo consigo, mas também ele pereceu e todos quantos o seguiam foram dispersados” Atos 5:37



“João usava uma vestimenta de pêlos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre” Mat. 3:4





 

No livro intitulado “Vida de Jesus” de Ernest Renan, mais do que imaginei, há muita informação extra e de acordo com o que já intuía a respeito dele e de seus seguidores. Primeiro que ele usa fontes extras, parecidas a que eu já aproveito, como o Talmude, literatura judaica, escritos gnósticos, apócrifos e outras informações. Interessante que o livro foi escrito antes da descoberta arqueológica no Mar Morto, mas que já possuía a informação decorrente de algumas das descobertas. Prova que certos documentos já eram de conhecimento, mesmo que restrito.

Sobre João, ou Iohanan, foi um jovem asceta cuja fama se espalhou por toda a Palestina, ele de linhagem sacerdotal, segundo evangelho dos ébionim, e nasceu na cidade de Juta, perto ou mesmo em Hebron. E desde muito jovem ele foi um nazir, um sujeito de votos e abstinências. Ele então vivia a vida de um yogue da Índia, vestia-se de peles de camelo e se alimentava apenas de gafanhotos e mel. Certos escritos dizem que ele era um dos dois messias, e ainda se fala que era essênio. Esses essênios aparentavam com budistas e viviam nas proximidades do Mar Morto, e daí dos manuscritos encontrados em 1945, que alguns entendem ser deles.
 
 

Jesus então tinha estreita relação com esse João. As ideias apocalípticas e certos hábitos de vida nos levam a pensar nisso. Mas apesar de interpretar a lei judaica, vemos que a mesma era cumprida. Há uma seita chamada de “cristão de São João”, os mendaítas. Os árabes os chamam de batistas. Fato é que a Babilônia era um celeiro de budismo. Desta feita, lembrando da seita dos essênios, vemos que a influência do oriente foi grande, tanto em João, quanto em Jesus. Sobre Jesus, o sinédrio o chamou de “sedutor”, uma vez esse termo era uma forma a se referir a quem seduzia a se afastar da Lei de Moisés. Há porém um escrito gnóstico que diz ter sido Jesus em sua juventude, um pouco mulherengo. Esse fato já parece ser mais inverídico, mas explicaria o sedutor por outro aspecto.
 
 

Já os terapeutas são um grupo que surgiu dos essênios, e que até mesmo depois, em outros grupos permaneceu, como nos Cátaros, e depois mesmo em Rosacruzes, e assim era espécie de misticismo cristão direcionado a cura e imposição de mãos. Isso identifica muito o costume de Jesus em curar através de imposição de mãos, ou quando a mulher se curou tocando as vestes do mestre. Interessante que até alguns reis tinham a fama de curar quando tocados, e assim vemos essa tradição mística perdurada, através dos tempos. Fato é que juntamente com expulsar demônios, batismo, e mesmo a ressurreição, a cura é também doutrina fundamental dos cristãos.
 
 

Também um certo Judas possuía uma seita messiânica que tinha um certo ar político, e que negava que se chamasse alguém de mestre, a não ser Deus. Josefo não coloca muito, mas este seria fundador de uma quarta escola, ao lado de fariseus, saduceus e essênios. Mas fato é que Jesus parece ter conhecido tudo isso, e superado as competições de seitas. Devemos também nós colocarmos Jesus acima de diferenças religiosas, e procurar seus ensinamentos na essência, e mais, na prática, através de cura e de arrependimento, a fim de que possamos encontrar o Reino e a Ressurreição.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto bíblicos. Estava com saudade de ler seus conhecimentos.
    Boa tarde.

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